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Líbano assinala aniversário da independência num cenário de protesto

Os principais políticos do Líbano apareceram hoje juntos pela primeira vez desde que começaram no mês passado protestos em massa contra o governo, assistindo a um desfile militar pelo 76.º aniversário da independência do país.

Líbano assinala aniversário da independência num cenário de  protesto
Notícias ao Minuto

12:28 - 22/11/19 por Lusa

Mundo Líbano

Este ano o desfile não pode ocorrer como é habitual no centro de Beirute, porque um acampamento de pessoas em protesto ocupa a zona, e também não incluiu tanques ou helicópteros.

Durante 30 minutos, o Presidente da República, Michel Aoun, o presidente do parlamento, Nabih Berri, e o primeiro-ministro demissionário, Saad Hariri, assistiram à marcha dos militares, estando prevista para mais tarde uma celebração civil organizada pelos contestatários.

O Líbano enfrenta a sua mais séria crise política e económica em anos, vivendo desde 17 de outubro ao ritmo de protestos sem precedentes contra o conjunto dos dirigentes políticos, considerados incompetentes e corruptos.

Centenas de milhares de libaneses têm expressado o seu desejo de uma mudança no sistema de governo, inalterado há décadas, numa "nova independência".

Os contestatários conseguiram a demissão do chefe do governo, Saad Hariri, a 29 de outubro, mas ainda não obtiveram resposta dos líderes políticos à reivindicação de um governo de independentes e tecnocratas.

Na quinta-feira, Aoun disse que se continua longe de um consenso sobre a formação de um governo devido às "contradições que controlam a política libanesa".

A 22 de novembro de 1943, o Líbano, sob mandato francês desde 1920, conseguia a sua independência após manifestações populares que juntaram cristãos e muçulmanos, numa primeira demonstração de unidade.

O país viveu ainda uma guerra civil (1975-1990) e duas ocupações estrangeiras, síria (1976-2005) e israelita (1978-2000), tendo continuado profundamente dividido, confessionalmente e politicamente.

Para assinalar hoje o dia nacional apelou-se aos manifestantes que tragam velas, isqueiros ou utilizem a luz do telemóvel e deem a ver a "luz da independência".

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