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Aos 12 anos torna-se o condenado mais novo nos protestos de Hong Kong

A criança foi detida a caminho da escola no dia a seguir a uma manifestação em outubro.

Aos 12 anos torna-se o condenado mais novo nos protestos de Hong Kong
Notícias ao Minuto

17:40 - 21/11/19 por Sara Gouveia

Mundo Hong Kong

Um rapaz de 12 anos é a pessoa mais nova a ser condenada por uma ofensa ligada aos protestos anti-governo em Hong Kong. Segundo os meios de comunicação locais, citados pela BBC, a criança, que não pode ser identificada, foi detida a caminho da escola no dia seguinte a uma manifestação, durante o mês de outubro.

O jovem admitiu ter causado danos criminais por ter usado tinta de spray para pintar slogans numa esquadra da polícia e numa estação de metro e vai conhecer a sentença no próximo mês.

Já houve um total de 5 mil detenções desde que os protestos começaram em junho. Alguns desses detidos são crianças com idades entre os 12 e os 15 anos. No entanto, esta é a primeira vez que uma delas é efetivamente condenada.

Durante o julgamento do rapaz foi explicado que um polícia à paisana viu a criança a pintar com spray as frases a 3 de outubro e que o seguiu até casa, conta o South Morning Post. Esperou no exterior durante toda a noite e quando a criança saiu para a escola de manhã o agente intercetou-a, deteve-a e revistou-lhe a casa.

A advogada da criança diz que o facto de ter sido retida durante a noite numa esquadra da polícia já foi por si uma "lição importante" e pediu ao tribunal "para lhe dar uma hipótese".

Porque há protestos em Hong Kong?

Hong Kong faz parte da China, vigorando um modelo conhecido como 'um país, dois sistemas'. Sobre este modelo, Hong Kong tem um alto nível de autonomia e os cidadãos gozam de liberdades que não são permitidas na China. 

Os protestos começaram em junho deste ano, depois de o governo tentar passar uma lei que permitia que os suspeitos de crimes fossem extraditados para a China. Vários temeram que isso pudesse minimizar a liberdade da cidade e a sua independência judicial. Eventualmente, o projeto de lei foi retirado, mas os protestos continuaram e têm ocorrido todos os fins de semana nos passados meses.

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