A autarquia de San Lorenzo de El Escorial, em Madrid, condenou na segunda-feira passada os insultos machistas que foram dirigidos a uma árbitra durante um jogo de futebol juvenil, entre uma equipa da localidade e outra de Villalba. "Que porca que és, sua p***", proferiu-se, conforme se pode comprovar num áudio que pode ouvir abaixo.

O jogo de futebol aconteceu no passado domingo, dia 17 de novembro, entre as equipas Unión Deportiva San Lorenzo e CUC Villalba.

Durante o decorrer da partida, a árbitra que a dirigia foi alvo de vários insultos machistas por parte das pessoas que assistiam, onde estariam presumivelmente muitos familiares de jogadores em campo, assim como crianças.

O clube de futebol anfitrião, UD San Lorenzo, reconheceu o incidente através das redes sociais e emitiu um comunicado onde repudia o comportamento.

"Um grupo de fãs faltou ao respeito e insultou a árbitra do jogo", escreveram, sublinhando que condenam "em absoluto esse tipo de comportamento e qualquer insulto a árbitras/os, jogadoras/es e técnicas/os" e escolhendo as hashtags "não à violênicia" e "não à descriminação".

COMUNICADO En el día de ayer un grupo de aficionados se dedicó a faltar el respeto e insultar a la colegiada del partido entre nuestro Juvenil A y el CUC VillalbaRechazamos totalmente ese tipo de comportamientos y cualquier insulto a colegiad@s, jugadores/as y técnic@s

—  (@udsanlorenzo) November 18, 2019

A atitude foi também condenada pela mãe da árbitra, Mercedes Nuño, que é vereadora de Galapagar, também em Madrid. "Uma plateia com pais, mães, avós, crianças... a nossa obrigação é respeitar e fazer respeitar os valores do desporto", afirmou.

Hasta le han dicho "que zorra eres, puta" y nadie se ha dignado a condenar un mínimo, simplemente le ha parecido EXAGERADO a una mujer. Todo se ha permitido. Una grada con padres, madres, abuelos, niños... Nuestra obligación es respetar y hacer respetar, valores del deporte.

— Merche (@MasipNuno) November 17, 2019

Nuño também partilhou um áudio gravado no dia em causa. "O silêncio torna-nos cúmplices. Se justificamos estas atitudes, a seguir vem o quê? Agressão física?", questionou.

El silencio nos hace cómplices. Si justificamos estas actitudes, ¿lo siguiente qué es? ¿Agresión física? Pongamos todos de nuestra parte para que no ocurra esto. No debemos considerar estas actitudes normales y justidicadas.Impotencia, rabia y pena, mucha pena Adjunto audio pic.twitter.com/SzyljCRh1M

— Merche (@MasipNuno) November 17, 2019

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