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Revelado número excecionalmente elevado de vítimas de minas e explosivos

Pelo quarto ano consecutivo, os acidentes provocados por minas terrestres e explosivos restantes de guerra atingiram um número "excecionalmente elevado" de vítimas, a maioria civis, revela um relatório hoje divulgado em Genebra, Suíça.

Revelado número excecionalmente elevado de vítimas de minas e explosivos
Notícias ao Minuto

09:30 - 21/11/19 por Lusa

Mundo Landmine Monitor

Em 2018, mais de seis mil pessoas foram vítimas de minas e explosivos restantes de guerra, tendo-se registado 3.059 mortes e 3.837 feridos, segundo o relatório 'Landmine Monitor', uma iniciativa da organização não-governamental Campanha Internacional para a Abolição de Minas (ICBL -- Internacional Campaign to Ban Landmines).

As crianças representaram 54% de todas as vítimas civis, um aumento de sete pontos percentuais em relação ao total anual de 2017 e 12 pontos percentuais em 2016.

As vítimas foram identificadas em 50 países, dos quais 32 fazem parte do Tratado para Banir Minas.

O elevado número de vítimas foi registado em países que enfrentam conflitos armados e violência em larga escala em particular, no Afeganistão, Síria, Iémen, Myanmar (antiga Birmânia), Ucrânia e Mali.

De meados de 2018 a outubro deste ano, o 'Landmine Monitor' confirmou o novo uso de minas antipessoal pelas forças governamentais de Myanmar -- que não faz parte do Tratado para Banir Minas.

De acordo com o relatório, grupos armados não estatais usaram minas antipessoal em pelo menos seis países -- Afeganistão, Índia, Myanmar, Nigéria, Paquistão e Iémen - durante o período abrangido pelo relatório.

No entanto, o relatório da 'Landmine Monitor' indica que os países que fazem parte do Tratado para Banir Minas destruíram mais de 55 milhões de minas antipessoal armazenadas, incluindo mais de 1,4 milhões destruídas em 2018.

Omã concluiu a destruição da sua reserva de minas terrestres em setembro de 2018, revela o relatório.

Segundo a 'Landmine Monitor', a maior remoção total de áreas com minas foi alcançada na Croácia, seguindo-se o Camboja e o Afeganistão que juntos representaram mais de 80% da remoção de minas.

"Em 2018, o Afeganistão, o Iraque e o Iémen continuaram a remoção de minas terrestres, apesar dos contínuos conflitos ou inseguranças", assinala esta organização não-governamental.

De acordo com o relatório, 41 países deixaram a produção de minas antipessoal, incluindo quatro que não fazem parte do Tratado para Banir Minas -- Egito, Israel, Nepal e Estados Unidos da América.

O 'Landmine Monitor' identificou ainda 11 países como produtores de minas terrestres: China, Cuba, Índia, Irão, Myanmar, Coreia do Norte, Paquistão, Rússia, Singapura, Coreia do Sul e Vietname.

Esta organização não-governamental acredita que a maioria desses países não esteja a produzir minas ativamente, mas ainda não negaram que o façam.

A Campanha Internacional para a Abolição de Minas é uma rede global com presença em 100 países e com o objetivo de erradicar minas antipessoais e explosivos remanescentes de conflitos.

Criada em 1992, a ICBL recebeu em 1997 o Prémio Nobel da Paz pelo reconhecimento do seu esforço para colocar em prática um tratado internacional para banir as minas.

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