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Burkina Faso pede "ajuda urgente" para travar grupos terroristas

O ministro das Relações Exteriores do Burkina Faso, Alpha Barry, pediu hoje "ajuda urgente" à comunidade internacional para travar o avanço dos grupos terroristas e os ataques dos extremistas na região de Sahel.

Burkina Faso pede "ajuda urgente" para travar grupos terroristas
Notícias ao Minuto

23:59 - 20/11/19 por Lusa

Mundo Burkina Faso

preciso atuar rapidamente. A situação está a degradar-se muito rapidamente. Não podemos esperar e voltar daqui a seis meses para fazer um balanço muito mais dramático", advertiu o ministro ao discursar no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).

De acordo com as Nações Unidas, a onda crescente de violência no país africano está a provocar uma "crise humanitária dramática", verificando-se um número de ataques até meados deste ano superior ao de todo o ano de 2018.

Desde abril de 2015 que aquele país da África Ocidental tem sido fustigado por ataques recorrentes de grupos 'jihadistas', com um aumento significativo da violência proveniente do vizinho Mali veiculada a grupos como a Al-Qaida e o Estado Islâmico (EI).

Em 2017, o Burkina Faso, Chade, Mali, Mauritânia e Níger formaram uma força militar conjunta, conhecida como G5, para combater os grupos terroristas, mas a falta de recursos tem sido insuficiente para levar a cabo com êxito a sua missão.

O ministro das Relações Exteriores pediu ajuda à comunidade internacional, no sentido de ser criada uma coligação que possa garantir a estabilidade do Sahel e um reforço do mandato para que a missão da ONU possa controlar a situação no Mali.

"A guerra contra o terrorismo é um desafio global, uma preocupação que diz respeito a toda a comunidade internacional", adiantou o governante, defendendo que "todos os dias, em cada palco internacional, é preciso dar o sinal de alarme".

"Isso é o que fazemos hoje e agora para evitar, porque depois será tarde demais", alertou.

O diretor-executivo do Programa Alimentar Mundial (PMA) das Nações Unidas, David Beasley, alertou na terça-feira para a crescente violência no Burkina Faso e o impacto da crise climática que colocaram o país no epicentro de uma "crise humanitária dramática".

"Cerca de meio milhão de pessoas viram-se obrigadas a abandonar os seus lares e um terço do país é, agora, uma zona de conflito", afirmou Beasley.

Os níveis de subnutrição bateram recordes, segundo o PMA, tendo o diretor acrescentado que "se o mundo leva a sério a tarefa de salvar vidas, agora é o momento de atuar".

As regiões mais instáveis são a norte do Sahel, onde o Burkina Faso compartilha fronteiras com o Mali e o Níger, a região do centro-norte e a leste do país, território onde a situação começou a degradar-se no verão de 2018, bem como a capital do país, Uagadugu, que sofre ataques desde 2016.

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