Presidente boliviana quer que Parlamento aprove lei para marcar eleições
A Presidente interina da Bolívia enviou hoje um projeto de lei ao parlamento para a realização de eleições presidenciais e legislativas, um mês depois da eleição presidencial de 20 de outubro, que marcou o início da crise no país.
© Reuters
Mundo Bolívia
O texto, que deve ser aprovado pelo parlamento, onde o Movimento ao Socialismo (MAS) do ex-Presidente Evo Morales tem maioria, anularia a eleição realizada há um mês, onde Morales foi reeleito para um quarto mandato.
O documento permite também a criação de um novo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para fixar uma data para as novas eleições.
Jeanine Añez, que mantém a possibilidade de emitir um decreto presidencial para convocar eleições, disse em conferência de imprensa que pretende criar um "consenso nacional".
Pela manhã, a Presidente interina tinha anunciado que convocaria eleições presidenciais e legislativas nas próximas horas.
"Se Deus quiser, hoje, pela manhã, convocaremos as eleições, como todo o país está exigindo", salientou.
A Bolívia está a atravessar uma grave crise desde a proclamação de Evo Morales como Presidente para um quarto mandato consecutivo nas eleições de 20 de outubro, marcadas por suspeitas de fraude eleitoral, denunciada pela oposição e movimentos da sociedade civil.
Jeanine Añez, ex-senadora de direita, proclamou-se Presidente interina dias depois de Morales ter abandonado o poder e se ter refugiado no México, e prometeu novas eleições presidenciais e legislativas.
Com a renúncia de Evo Morales, os seus apoiantes têm-se manifestado diariamente nas ruas de La Paz e em algumas províncias para exigir a saída de Jeanine Áñez, acusada de dar luz verde à violenta repressão policial que já matou dezenas de pessoas.
A Constituição boliviana estabelece que um Presidente interino tem 90 dias para organizar uma eleição.
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