ONU pede "investigação imparcial" à morte de manifestantes
O secretário-geral da ONU, António Guterres, solicitou hoje uma investigação "rápida, imparcial e exaustiva" à morte de oito pessoas, segundo o último balanço, em confrontos com as forças da ordem na cidade boliviana de El Alto.
© Ritzau Scanpix/Ida Marie Odgaard via REUTERS
Mundo Bolívia
Guterres, através de um porta-voz, lamentou a morte de cinco pessoas -- o número foi elevado para oito segundo um novo balanço emitido hoje pelo procurador -- e sublinhou que deverá haver "prestação de contas" por parte da polícia.
O chefe das Nações Unidas apelou às autoridades para "assegurarem que as forças de segurança cumpram as normas e critérios internacionais sobre o uso da força".
"Condenamos toda a violência e apelamos aos atores políticos e sociais, incluindo os manifestantes, a atuar com contenção para facilitar o caminho a um diálogo pacífico e a soluções para a atual crise", assinalou Stéphane Dujarric, porta-voz de Guterres, na conferência de imprensa diária.
No total, e de acordo com as últimas informações, 32 pessoas foram mortas em diversos confrontos, iniciados após as eleições de 20 de outubro, consideradas fraudulentas por observadores da Organização de Estados Americanos (OEA) e a oposição, enquanto foram registados 775 feridos, segundo o gabinete do Provedor de Justiça (Defensoría del Pueblo).
O último incidente ocorreu na terça-feira quando um grupo de polícias e militares tentou forçar a saída de manifestantes de uma fábrica de distribuição de combustíveis na zona alta de Senkata.
O gabinete do Provedor de Justiça comunicou no seu portal da Internet que diversas vítimas não foram identificadas, enquanto duas são homens de 38 e 31 anos, todos manifestantes que exigem a renúncia da Presidente interina Jeanine Añez, e o regresso ao país de Evo Morales, o ex-Presidente exilado no México.
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