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Diplomata e antiga consultora somali morre atingida por tiro na Somália

A diplomata somali Almas Elman, que realizou vários trabalhos de consultoria para a União Europeia (UE), morreu hoje, após ter sido abatida na chamada "zona verde" da capital da Somália, Mogadíscio.

Diplomata e antiga consultora somali morre atingida por tiro na Somália
Notícias ao Minuto

19:50 - 20/11/19 por Lusa

Mundo Somália

O comandante Ali Sharif, da Agência Nacional de Inteligência e Segurança (NISA, na sigla inglesa) da Somália, confirmou à agência espanhola Efe a morte de Almas Elman, irmã da candidata ao Prémio Nobel da Paz de 2019, Ilwad Elman.

O responsável militar apontou que esta foi atingida por "uma bala perdida" ao sair da Embaixada do Quénia, na fortificada "zona verde" de Mogadíscio, da qual faz parte o Aeroporto Internacional da capital somali e que aloja as tropas da Missão da União Africana na Somália, a AMISOM.

De acordo com Sharif, que integra a equipa que está a investigar a morte da diplomata, não se sabe ainda de onde foram disparados os projéteis que tiraram a vida a Almas Elman.

Almas Elman trabalhou como secretária principal da Embaixada do Quénia na Somália entre 2016 e 2017, sendo que recentemente prestava serviços a uma empresa de comunicação privada, que geria um projeto financiado pela UE.

A diplomata era irmã de Ilwad Elman, que este ano foi candidata ao Prémio Nobel da Paz pelo seu trabalho na organização não-governamental (ONG) Centro Elman para a Paz.

O nome da ONG homenageava o pai de ambas, que foi um ativista defensor da paz na Somália, assassinado em 1996, por um atirador mascarado.

Após três décadas de guerra civil, ataques extremistas e fome, a Somália estabeleceu um governo transitório funcional em 2012 e tem estado a trabalhar para restituir a estabilidade, mas o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirma que o país tem de se focar no combate ao extremismo violento, terrorismo, conflito armado, instabilidade política e corrupção.

O al-Shabab, que se opõe ao Governo federal da Somália, pretende a imposição da lei islâmica 'sharia', tendo feito vários ataques na região e no país, incluindo no vizinho Quénia.

Em 14 de outubro de 2017, o grupo explodiu um camião na capital somali e provocou a morte a mais de 500 pessoas.

O grupo extremista reclamou ainda ter planeado um ataque a um complexo de luxo na capital do Quénia, Nairobi, que matou 21 pessoas em janeiro de 2019.

Em março deste ano, pelo menos 32 pessoas morreram durante um ataque com um camião-bomba em Mogadíscio.

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