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Israel encerra organizações palestinianas em Jerusalém
As autoridades israelitas ordenaram hoje o encerramento por seis meses de várias organizações palestinianas em Jerusalém, incluindo instalações de um canal televisivo, indicaram responsáveis das organizações à agência France Presse.
© Reuters
Mundo Responsáveis
Os escritórios da TV Palestina, um canal ligado à Autoridade Palestiniana, a sociedade Al-Araz que os abriga, assim como uma mesquita, um centro de saúde e instalações ligadas ao Ministério da Educação palestiniano em Jerusalém foram obrigados a fechar.
O diretor daquela delegação da televisão e o da sociedade Al-Araz em Jerusalém foram detidos e a correspondente da TV Palestina foi interrogada, indicaram fontes concordantes à AFP.
Israel considera toda a cidade de Jerusalém como a sua capital, decisão não reconhecida pela comunidade internacional.
Os palestinianos esperam fazer de Jerusalém oriental, ocupada e anexada por Israel, a capital do futuro Estado ao qual aspiram.
"Continuarei a executar uma política firme contra qualquer tentativa da Autoridade Palestiniana de violar a nossa soberania na capital", declarou o ministro da Segurança Interna israelita, Gilad Erdan, para justificar a medida.
Erdan considerou que a Palestina TV "divulga um conteúdo anti-israelita e anti-sionista" no qual "o Estado de Israel é por vezes descrito como responsável de crimes de guerra e de limpeza étnica".
A decisão foi imediatamente criticada por responsáveis palestinianos.
"Trata-se da continuação da campanha do governo israelita contra tudo o que é palestiniano na Jerusalém ocupada", comentou Hanane Achraoui, responsável da Organização de Libertação da Palestina (OLP).
Para o Centro palestiniano para o desenvolvimento da liberdade de imprensa, uma organização não-governamental sediada em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, o encerramento da delegação da Palestina TV faz parte "dos esforços de Israel para silenciar os 'media' e impedir a divulgação da versão palestiniana, através de uma série de ações repressivas contra a imprensa e os jornalistas".
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