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Polícia recebeu vídeo de abuso infantil por WhatsApp e foi condenada

A chefe da polícia foi considerada inocente por não ter denunciado o caso, mas foi condenada por posse de imagens.

Polícia recebeu vídeo de abuso infantil por WhatsApp e foi condenada
Notícias ao Minuto

13:15 - 20/11/19 por Notícias Ao Minuto

Mundo Whatsapp

Uma chefe da polícia metropolitana, que recebeu um vídeo de um abuso sexual infantil via WhatsApp, foi condenada por ter as imagens no seu telefone. Robyn Williams, de 54 anos, foi considerada culpada pelo júri e pode ser demitida após 36 anos de serviço.

Como revela o Guardian, a oficial estava numa aula de ginástica em fevereiro de 2018 quando recebeu o vídeo pelo WhatsApp. As imagens foram enviadas pela irmã e, de acordo com a imprensa, Robyn ficou indignada com o conteúdo e queria deter o autor. Mas não o fez. Sustentou a acusação que Robyn Williams não denunciou o conteúdo porque temia que a irmã pudesse vir a ter problemas, o que efetivamente veio a confirmar-se.

De acordo com a lei relativa à posse de imagens indecentes, Robyn tinha de provar que tinha um motivo legítimo para ter o vídeo no seu telefone e ou então que não o tinha visto e que não tinha motivos para acreditar que era indecente.

Ora, em sede de tribunal, a agente da polícia negou ter imagens indecentes de uma criança no seu telefone e acabou por ser declarada inocente por não ter denunciado o vídeo, depois de o júri ter rejeitado a alegação do promotor, que defendia que a polícia tinha visto uma miniatura da imagem e que estava ciente da natureza do conteúdo. Robyn Williams defendeu que nunca tinha visto a miniatura do vídeo e o júri aceitou a sua versão. Mas a oficial não se livrou da condenação por posse de imagens.

Jennifer Hodge, de 56 anos, a irmã que enviou o vídeo, foi condenada por distribuição de imagens indecentes de uma criança. O vídeo foi enviado para 17 pessoas. Jennifer teve acesso ao conteúdo através do marido, Dido Massivi, de 61 anos, que foi igualmente condenado.

O promotor Richard Wright QC deixou claro que os réus não tinham interesse sexual nas imagens, mas "cometerem graves erros de julgamento sobre como lidar com o vídeo".

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