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Irão sai "vitorioso" dos protestos dos últimos dias, diz o presidente

O presidente iraniano, Hassan Rohani, declarou hoje que o Irão sai "vitorioso" e unido dos protestos dos últimos dias, como testemunham as imagens das concentrações a favor do poder em várias cidades do país divulgadas pelos media estatais.

Irão sai "vitorioso" dos protestos dos últimos dias, diz o presidente
Notícias ao Minuto

11:45 - 20/11/19 por Lusa

Mundo Hassan Rohani

"O nosso povo saiu vitorioso em diversas ocasiões face ao complô dos inimigos e também desta vez face aos tumultos -- que eram um complô do inimigo contra a segurança (da nação), o povo foi totalmente vitorioso", declarou Rohani no Conselho de Ministros.

Segundo um vídeo do seu discurso divulgado nos media estatais, o presidente iraniano considerou que "os anarquistas que saíram para as ruas não eram muitos", embora estivessem "organizados, armados", de acordo com "uma conspiração planeada pelas forças reacionárias da região, os sionistas e os norte-americanos".

"Viram nos últimos dias imensas concentrações (populares) espontâneas em diversas cidades, que começaram em Zanjan (nordeste, na segunda-feira), Tabriz (nordeste, na terça-feira), ChahrKord (centro, na terça-feira) e noutras cidades", disse Rohani.

Adiantou que tais manifestações "são a melhor prova do poder da nação iraniana".

"A nação iraniana mostra ao mundo a sua vigilância, a sua consciência, unidade e solidariedade com o conjunto do sistema" político da República Islâmica, disse ainda.

O líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, já tinha afirmado antes que "o inimigo" tinha sido repelido após vários dias de manifestações, por vezes violentas, contra o aumento do preço da gasolina.

O movimento foi desencadeado na sexta-feira à noite, horas depois do anúncio de uma reforma na subvenção dos combustíveis, com fortes aumentos dos preços, cujo rendimento se destinará aos mais desfavorecidos. O Irão vive uma grave crise económica.

As autoridades confirmaram a morte de cinco pessoas (quatro polícias e um civil), mas a organização Amnistia Internacional indicou na terça-feira que mais de 100 manifestantes terão sido mortos.

"O verdadeiro balanço pode ser bem mais elevado, sugerindo algumas informações que até 200 pessoas podem ter sido mortas", adiantou a Amnistia num comunicado.

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