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Venezuela: Detidos jornalistas quando cobriam rusga em sede de portal

Dois jornalistas e um repórter de imagem foram detidos na terça-feira por funcionários da Direção de Contrainteligência Militar (DGCIM, serviços informativos militares), quando cobriam uma rusga na sede do portal informativo digital Entorno Inteligente.

Venezuela: Detidos jornalistas quando cobriam rusga em sede de portal
Notícias ao Minuto

00:45 - 20/11/19 por Lusa

Mundo Venezuela

As detenções foram denunciadas pelo Colégio de Jornalistas, instituição responsável pela atribuição da carteira profissional, pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa e também pelas empresas para as quais os jornalistas trabalham, VPI-TV e Caraota Digital.

Além dos jornalistas Miguel da Silva e Andrea Espinosa e do repórter de imagem Jonathan Bello, foram também detidos um assistente de câmara, Dangert Zorrilla, o motorista dos jornalistas, Jonathan Azuaje, e o motociclista Roger Castillo.

A imprensa local dá conta de que foi também detida uma das administradoras do portal Entorno Inteligente, Belén Tovar.

As detenções tiveram lugar na sede de Venmedios, onde funciona o Entorno Inteligente, pelas 18:00 locais de terça-feira (22:00 em Lisboa) e segundo o portal Caraota Digital ainda não foi possível contactar com os jornalistas detidos.

A imprensa local dá conta de que dos trabalhadores do portal "foram ameaçados verbalmente, lançados para o chão, pelos funcionários" que se apropriaram dos documentos de identificação e telemóveis dos presentes.

As detenções tiveram lugar depois de o partido Vontade Popular (VP), do líder da oposição Juan Guaidó, pedir ao parlamento que investigue a invasão armada ocorrida na última sexta-feira na sede do partido, no leste de Caracas.

Segundo a deputada Adriana Pichardo, nesse dia alegados funcionários das Forças de Ações Especiais da Polícia Nacional Bolivariana detiveram 42 militantes do partido, incluindo dois jornalistas.

A deputada divulgou um vídeo onde era possível ver homens armados a apontar aos opositores e a destruir as câmaras de segurança.

"Humilharam as mulheres, tocaram-lhe nas partes íntimas, agrediram e lançaram-nas para o chão. Poderiam ser de um grupo de elite ou paramilitares de confiança do regime", explicou Adriana Pichardo, precisando que não houve nenhum pronunciamento oficial das autoridades.

Os homens armados levaram vários computadores, os documentos de identificação e pelo menos 30 telemóveis das pessoas que se encontravam no lugar.

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