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As diferenças entre o Salvini que visitou Veneza em 2018 e o deste ano

O líder da Liga do Norte esteve em Veneza na semana passada e, face às cheias, apontou o dedo ao governo. No ano passado também esteve em Veneza, num momento trágico para Itália, mas deu nas vistas por causa uma selfie polémica.

As diferenças entre o Salvini que visitou Veneza em 2018 e o deste ano
Notícias ao Minuto

22:13 - 19/11/19 por Fábio Nunes

Mundo Matteo Salvini

Na passada sexta-feira, Matteo Salvini esteve em Veneza. Numa Praça de São Marcos alagada pelas cheias, o líder da Liga do Norte estava vestido e até utilizava umas perneiras para a pesca. Com um ar mais sério, Salvini apelou para que se desenvolvam esforços para completar o projeto de defesa contra as cheias, conhecido como Moisés.

Num tom crítico relativamente ao governo de Giuseppe Conte e ao parlamento, Salvini instou o governo a canalizar mil milhões “imediatamente” para ajudar as populações de Veneza, mas também de Pellestrina, Matera e Altamura, localidades que também foram afetadas pelas cheias.

Uma postura diferente daquela que teve no ano passado, quando, no início de novembro de 2018, esteve em Veneza na sequência do mau tempo que afetou várias cidades de Itália. Inundações e deslizamentos de terra tiveram um desfecho trágico e provocaram a morte de 29 pessoas.

Salvini, então ministro do Interior e número dois do governo de coligação que liderava os destinos de Itália, percorreu a cidade de Veneza, muitas vezes de barco. E foi num desses passeios de barco, perante uma Veneza alagada, que Salvini tirou uma selfie que gerou polémica. Na fotografia, Salvini surgia sorridente e com uma das mãos com o punho cerrado e o polegar levantado.

Foi alvo de várias críticas, pela sua postura descontraída num momento difícil para muitos italianos devido às vítimas mortais, mas também aos danos provocados pelas cheias e deslizamentos de terras.

Mas esta mudança na atitude de Salvini, neste caso, ilustra a alteração verificada desde que saiu do governo em agosto. As suas publicações nas redes sociais são o espelho disso.

Antes intercalava posts com reações a questões governamentais e relacionadas com a sua posição - de fechar os portos aos barcos de ONGs que resgatavam migrantes - com imagens de cozinhados. Agora, na sua luta para regressar ao governo, os posts de Salvini incidem em críticas ao executivo de Conte e nas imagens dos seus comícios.

A versão de Salvini de campanha parece ser mais consensual.

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