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Autoridades reabrem refinaria bloqueada por apoiantes de Morales

As autoridades bolivianas reabriram hoje o acesso à refinaria de Senkata, a 50 quilómetros de La Paz, bloqueada desde quinta-feira por apoiantes de Evo Morales, noticiou a imprensa local.

Autoridades reabrem refinaria bloqueada por apoiantes de Morales
Notícias ao Minuto

19:30 - 19/11/19 por Lusa

Mundo Bolívia

Canais televisivos da Bolívia mostravam hoje dezenas de camiões-cisterna com gasolina e gás de petróleo liquefeito (GPL) a saírem da refinaria de combustível de Senkata em El Alto sob a vigilância de polícias e militares.

A polícia recorreu a gás lacrimogéneo para manter afastados os manifestantes que tentavam opor-se à operação.

Segundo a Rádio RKM, uma pessoa ficou ferida, sem serem conhecidas as circunstâncias.

O exército também colocou tanques ao longo da estrada de acesso à capital, La Paz, onde o combustível escasseava desde o fim de semana.

Dezenas de apoiantes do ex-Presidente Evo Morales, que renunciou em 10 de novembro antes de se exilar no México, começaram a bloquear o acesso à refinaria na passada quinta-feira, em protesto contra a Presidente interina Jeanine Áñez.

Com a escassez de combustível nos últimos dias, os transportes públicos em La Paz paralisaram quase na totalidade e o governo de Áñez planeava importar gasolina do Chile.

Nas lojas da capital persiste a escassez de alimentos devido aos bloqueios de estradas de acesso às regiões agrícolas da Bolívia.

O aumento do número de mortos registado nos últimos dias é consequência de violentos confrontos entre manifestantes pró-Evo Morales e agentes de segurança do exército e da polícia.

O país sul-americano enfrenta uma grave crise política desde as eleições presidenciais em 20 de outubro.

Com a renúncia de Evo Morales, os seus apoiantes têm-se manifestado diariamente nas ruas de La Paz e em algumas províncias para exigir a saída de Jeanine Áñez, acusada de dar luz verde à violenta repressão policial que já matou pelo menos 24 pessoas.

A Presidente interina prometeu eleições presidenciais e legislativas num futuro próximo, ao mesmo tempo que um diálogo iniciado pela Igreja Católica tem reunido o governo, a oposição e a sociedade civil para tentar tirar a Bolívia da crise.

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