Zoran Tegeltija designado primeiro-ministro da Bósnia 13 meses depois
A Presidência tripartida da Bósnia-Herzegovina designou hoje Zoran Tegeltija, um quadro do partido Aliança dos Sociais-Democratas Independentes (SNSD), como primeiro-ministro, ultrapassando um impasse político neste país dos Balcãs que durava há mais de um ano.
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A indicação de Tegeltija para liderar o Conselho de Ministros foi anunciada num comunicado da Presidência tripartida, sendo que a designação do político que pertence ao partido do nacionalista sérvio Milorad Dodik (SNSD) ainda precisa de ser confirmada pelo Parlamento bósnio.
Esta designação é encarada como um passo muito importante para esta ex-república jugoslava, uma vez que os três membros da Presidência colegial rotativa da Bósnia-Herzegovina - bósnios (muçulmanos), croatas (católicos) e sérvios (ortodoxos) - estavam num impasse há mais de um ano, em grande parte por causa das suas posições divergentes sobre a aproximação e o nível de cooperação do país com a NATO.
Os sérvios da Bósnia são maioritariamente pró-Rússia e mantêm posições muito críticas em relação à Aliança Atlântica, enquanto os bósnios e os croatas desejam promover uma cooperação mais estreita com a organização, que assinala este ano 70 anos.
A Bósnia-Herzegovina realizou eleições gerais em outubro de 2018 e desde o escrutínio, que foi conquistado pelo nacionalista Milorad Dodik (que garantiu assim o lugar reservado aos sérvios na Presidência colegial), o país estava sem uma liderança no governo central.
Croatas católicos, sérvios ortodoxos e muçulmanos são os três povos "constitutivos" do país, uma herança do acordo de Dayton que terminou com uma sangrenta guerra civil interétnica (1992-1995), que provocou 100.000 mortos.
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