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Donald Trump com política de apoio a Israel desde que tomou posse

O Presidente norte-americano adotou desde que assumiu funções uma política de apoio infalível ao Estado hebreu.

Donald Trump com política de apoio a Israel desde que tomou posse
Notícias ao Minuto

13:02 - 19/11/19 por Lusa

Mundo EUA

O Presidente norte-americano, Donald Trump, cuja administração anunciou na segunda-feira que já não considera ilegais os colonatos israelitas na Cisjordânia ocupada, adotou desde que assumiu funções uma política de apoio infalível ao Estado hebreu.

+++ Primeiras ruturas +++

A 15 de fevereiro de 2017, menos de um mês após tomar posse, o Presidente Trump reitera a sua vontade de conseguir um acordo de paz entre israelitas e palestinianos.

Mas anuncia que Washington não aceita como única a solução de dois Estados, ou seja, a criação de um Estado palestiniano que coexistiria com Israel, rompendo com décadas de tradição diplomática norte-americana.

A 16 de março, numa nova rutura, o representante especial de Donald Trump, Jason Greenblatt, encontra-se em Jerusalém com representantes dos colonos israelitas.

Em maio, Trump desloca-se a Israel e aos territórios palestinianos ocupados e visita o Muro das Lamentações, na Cidade Velha de Jerusalém, inédito num presidente norte-americano.

+++ Jerusalém +++

A 6 de dezembro de 2017, Donald Trump reconhece Jerusalém como capital de Israel, desencadeando a cólera dos palestinianos e rompendo com decénios de consenso internacional.

O estatuto da designada Cidade Santa é um dos problemas mais difíceis do conflito, os palestinianos reivindicam Jerusalém Oriental, ocupada por Israel em 1967 e depois anexada, como capital do Estado a que aspiram.

A 14 de maio de 2018, a transferência da embaixada norte-americana de Telavive para Jerusalém coincide com um "banho de sangue" na Faixa de Gaza, onde cerca de 60 palestinianos são mortos por soldados israelitas quando se manifestam perto da barreira de segurança entre o enclave e Israel.

"Os Estados Unidos já não são um mediador no Médio Oriente", declara o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas.

+++ Suspensão de ajuda financeira +++

A 31 de agosto de 2018, a administração norte-americana anuncia que vai deixar de financiar a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), uma semana após ter cortado mais de 200 milhões de dólares (180,5 milhões de euros) de ajuda aos palestinianos.

A 10 de setembro, os Estados Unidos anunciam o encerramento da missão de representação palestiniana em Washington, que desempenhava o papel de uma embaixada da Autoridade Palestiniana nos Estados Unidos.

A 4 de março de 2019, o consulado-geral dos Estados Unidos em Jerusalém, representação diplomática norte-americana junto dos palestinianos, deixa de existir, sendo absorvido pela embaixada dos EUA em Jerusalém.

+++ Golã +++

A 21 de março, Donald Trump declara-se favorável a um reconhecimento da soberania de Israel sobre a zona dos montes Golã, grande parte da qual foi conquistada em 1967 à Síria por Israel e cuja anexação em 1981 não foi reconhecida pela comunidade internacional.

Damasco denuncia uma "violação flagrante" da sua soberania.

+++ Novas ruturas +++

A 27 de março, o chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, deixa entender que o futuro plano de paz israelo-palestiniano deverá romper com o consenso tradicional sobre questões chave como Jerusalém, os colonatos ou os refugiados.

A 2 de maio, o genro e conselheiro de Trump, Jared Kushner, confirma que o plano não deve fazer referência aos "dois Estados".

Um mês mais tarde, o embaixador norte-americano em Israel, David Friedman, afirma que Israel tem o direito de anexar "uma parte" da Cisjordânia.

No final de junho, Kushner apresenta no Bahrein a componente económica do plano de paz norte-americano, prevendo investimentos internacionais nos territórios palestinianos e nos países árabes vizinhos de 50 mil milhões de dólares (cerca de 45 mil milhões de euros). A conferência é boicotada pelos palestinianos.

+++ Colonatos +++

A 18 de novembro, Pompeo anuncia que os Estados Unidos deixam de considerar os colonatos israelitas na Cisjordânia contrários ao direito internacional, embora a ONU e uma grande parte da comunidade internacional os considere ilegais.

"A verdade é que nunca haverá uma solução jurídica para o conflito e que os debates sobre quem está certo e quem está errado face ao direito internacional não trarão a paz", declara.

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