Dirigentes talibãs chegam ao Qatar para troca de prisioneiros
Três dirigentes talibãs, libertados pelo Afeganistão, foram levados para o Qatar, para serem trocados por dois professores estrangeiros reféns do grupo extremista desde 2016, informaram hoje representantes dos talibãs.
© Reuters
Mundo Talibãs
Os mesmos representantes, que pediram o anonimato, disseram à agência de notícias norte-americana Associated Press (AP) que a troca deverá ser efetuada durante o dia e que os três prisioneiros talibãs chegaram ao Qatar na segunda-feira.
Até ao momento, é desconhecido o paradeiro do norte-americano Kevin King e do australiano Timothy Weeks, sequestrados em 2016 no exterior da Universidade Americana de Cabul, onde trabalhavam como professores.
O Presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, anunciou há uma semana a "libertação condicional" dos três membros da rede Haqqani (Anas Haqqani, Haji Mail Khan e Hafiz Rashid).
Na altura, Ghani afirmou que se tratava de uma decisão muito difícil, que foi tomada tendo em conta o interesse da população.
Em 2017, o movimento talibã divulgou dois vídeos nos quais mostrava os académicos detidos, numa altura em que os Estados Unidos anunciaram o lançamento de uma missão de resgate para os libertar, embora sem êxito, porque os reféns nunca foram encontrados.
O secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo, e o assessor de segurança nacional dos EUA, Robert O'Brien, contactaram o Presidente afegão na segunda-feira para discutir a libertação dos prisioneiros, de acordo com o porta-voz de Ghani, Sediq Sediqqi.
O anúncio da libertação surgiu dois meses depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter interrompido as negociações com os talibãs, na sequência de uma série de ataques dos rebeldes, incluindo um atentado suicida em Cabul, onde morreu um soldado norte-americano.
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