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Líder da oposição no Camboja Kem Sokha será julgado por traição
O primeiro-ministro do Camboja, Hun Sen, afirmou hoje que Kem Sokha, um dos líderes da oposição cambojana que esteve dois anos em prisão domiciliária, será julgado por "traição".
© Reuters
Mundo Camboja
Kem Sokha, 66 anos, é co-fundador do Partido do Resgate Nacional do Camboja (PRNC), que ameaçou a hegemonia do Partido do Povo Cambojano (CPP), no poder, nas eleições legislativas de 2013, quando recolheu 44% dos votos, o que resultou numa resposta dura do Governo através dos tribunais, e mais tarde à dissolução do partido.
O opositor foi detido em setembro de 2017 sob acusações de tentar derrubar o Governo de Hun Sen e mais tarde colocado em prisão domiciliária.
No passado dia 10, foi libertado da prisão domiciliária, mas continua proibido de entrar na política ou de sair do Camboja.
Depois de se encontrar com vários emissários estrangeiros no Camboja, Kem Sokha publicou uma mensagem no Facebook, na sexta-feira, apelando à "reconciliação nacional".
Sam Rainsy, outro co-fundador do PRNC, que se encontra exilado em França desde 2015 para evitar a acusação, regressou a Paris após uma tentativa falhada de chegar ao Camboja.
Hun Sen anunciou na semana passada a libertação sob fiança de mais de 70 ativistas da oposição detidos nas últimas semanas sob acusação de ajudar Rainsy a preparar um golpe de Estado.
Desde a dissolução do PRNC, Hun Sen conseguiu reforçar a sua influência após as eleições legislativas de 2018 que deram ao seu partido, o Partido Popular Cambojano (CPP), todos os assentos no parlamento, resultados fortemente contestados.
Desde então, tem estado sob pressão internacional, nomeadamente por parte da União Europeia, que ameaça suspender um acordo aduaneiro preferencial em benefício da indústria têxtil cambojana.
Leia Também: Tribunal do Camboja ordena investigação sobre espionagem de jornalistas
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