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Candidatos derrotados prometem apoio ao novo presidente da UNITA

Os quatro candidatos à liderança da UNITA que saíram derrotados na eleição de hoje, em Luanda, no congresso do principal partido angolano, felicitaram o vencedor Adalberto da Costa Júnior e prometeram apoiar o novo presidente.

Candidatos derrotados prometem apoio ao novo presidente da UNITA
Notícias ao Minuto

21:20 - 15/11/19 por Lusa

Mundo Angola

Também o presidente cessante, Isaías Samakuva, quis deixar no seu discurso uma nota de união para que a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola) "entre agora no troço final da viagem para a Cidade Alta", o centro do poder executivo angolano.

Adalberto da Costa Júnior foi hoje eleito por 1.111 delegados ao XIII Congresso da UNITA como novo presidente do partido conquistando 594 votos, num total de cerca de 54%, segundo a presidente da comissão eleitoral, Amélia Judite Ernesto.

Em segundo lugar ficou Alcides Simões Sakala, com 422 votos (34%), e a larga distância os restantes candidatos, Abílio Kamalata Numa, com 68 votos, Raul Danda, com 17, e José Pedro Katchiungo, com 10.

Apesar da derrota, o tom dos candidatos perdedores foi de alegria e celebração prometendo ajudar o novo presidente a levar a UNITA até ao poder, mas deixando também palavras de apreço ao presidente cessante, Isaías Samakuva.

José Pedro Katchiungo, que saudou Adalberto da Costa Júnior pela "vitória significativa", elogiou Samakuva pela "forma inteligente e perspicaz como conduziu o partido", e pediu ao novo presidente que se inspire nos pensamos do fundador da UNITA, Jonas Savimbi, sublinhando que "este projeto foi criado para servir os angolanos discriminados".

Raul Danda mostrou-se "feliz e honrado" por ter participado "neste exercício", mostrando a Angola e ao mundo que a UNITA é um partido "que vive em democracia e faz democracia".

Garantiu ainda que "daqui para a frente acabou a corrida" e que, a partir de agora, a nova corrida faz-se com todos juntos.

"Partimos todos e chegamos todos, como irmãos", salientou, e dirigindo-se para Adalberto da Costa Júnior afirmou: "Estamos todos para através de si podermos ajudá-lo a erguer a UNITA".

Com "vivas" a Angola, África, ao presidente cessante Samakuva e ao novo líder Adalberto da Costa Júnior, Abilio Kamalata Numa garantiu que, a partir de agora, "somos todos militantes e prontos a servir" a causa do partido.

O candidato aludiu ao legado de Samakuva, de quem foi "companheiro leal", prometendo a mesma lealdade ao novo presidente, na defesa dos interesses do partido, desejando que em 2022 se "realize o sonho" da UNITA sair vencedora das eleições gerais.

Alcides Sakala, que ficou em segundo lugar na corrida, felicitou Samakuva pelo seu trabalho no processo de transição do partido, permitindo a "consolidação da democracia" no seio da organização e felicitou Adalberto Costa Júnior pela vitória, desejando-lhe "muitos sucessos nesta nova missão".

Focando os desafios do novo líder -- as eleições autárquicas em 2020 e gerais em 2022 - Sakala abandonou o palco com um abraço ao seu opositor da corrida à presidência do partido.

Isaías Samakuva, que discursou após os candidatos derrotados, afirmou que ao longo dos últimos 16 anos procurou "colocar tempo e energia" ao serviço dos angolanos, pedindo desculpa aos que nem sempre conseguiu agradar ou corresponder às expectativas.

"Nesta hora do render da guarda", o presidente cessante agradeceu a todos os que sempre o apoiaram "com ideias, conselhos ou apenas a sua presença", destacando que foi "esse calor e proximidade" que permitiram à UNITA chegar onde chegou.

O agradecimento estendeu-se aos seus detratores que, continuou, "permitiram por vezes corrigir e melhorar o desempenho".

Dirigindo-se a Adalberto da Costa Júnior, que vai ser "a partir de hoje o nosso presidente", o líder cessante, assinalou que "a campanha passou" e é hora de construir a unidade dos angolanos.

Uma unidade que deve começar por ser feita no seio da UNITA, "para iluminar os caminhos" que vão conduzir a UNITA à vitória nas eleições autárquicas de 2020 e nas gerais de 2022.

"Para que a UNITA entre agora no troço final da viagem para a Cidade Alta", frisou Isaías Samakuva.

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