Meteorologia

  • 19 ABRIL 2024
Tempo
15º
MIN 14º MÁX 21º

Nações Unidas apoiaram repatriamento de quase 1.500 refugiados da RDCongo

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) abriu hoje uma nova rota para apoiar o repatriamento voluntário de refugiados congoleses, a partir de Angola, para as suas regiões de origem, tendo apoiado até ao momento 1.439 pessoas.

Nações Unidas apoiaram repatriamento de quase 1.500 refugiados da RDCongo
Notícias ao Minuto

19:32 - 13/11/19 por Lusa

Mundo Nações Unidas

Desde o início de outubro, o ACNUR organizou já quatro comboios com 1.239 refugiados que partiram do assentamento do Lóvua, na província da Lunda Norte, passando a fronteira entre Angola e a República Democrática do Congo (RDCongo) em Nachiri, rumo a Tshikapa, na região do Kasai.

A estes juntou-se hoje mais um comboio com 200 pessoas, inaugurando uma nova rota para o Kasai Central, via fronteira de Tchicolondo, em Angola, com destino a Kananga, prevendo-se que o repatriamento voluntário esteja concluído até meados de dezembro.

Segundo um comunicado do gabinete do coordenador residente da Organização das Nações Unidas (ONU) em Angola, Paolo Balladelli, do lado da RDCongo, o ACNUR e o Programa Alimentar Mundial (PAM), estão a apoiar tanto os cerca de 14.700 refugiados que regressaram espontaneamente como os que estão a voltar de forma organizada, proporcionando transporte e pequenas somas monetárias para alimentos e deslocações até as localidades de origem.

O representante da ONU em Angola, citado no comunicado, considerou que se aproxima o final de um ciclo de mais de dois anos de acolhimento de refugiados em Angola, destacando a solidariedade das autoridades angolanas ao receber pessoas que corriam risco de vida, devido aos conflitos étnicos.

"Com a conclusão deste capítulo, Angola dá a África e ao mundo exemplo de uma boa prática internacional", destacou Balladelli.

Já Wellington Carneiro, representante interino do ACNUR em Angola, referiu que o repatriamento voluntário, que dura há três semanas, "está a atravessar vários desafios, como as condições das estradas devido à época de chuvas" e a contratação de veículos adequados, mas referiu que a operação está a ser feita "com todas as garantias de segurança e dignidade".

O repatriamento conta com o apoio do ACNUR e dos Governos de Angola e da RDCongo, através de um acordo tripartido, bem como de outras agências da ONU e parceiros.

Mais de 35 mil pessoas fugiram da instabilidade política e militar na região do Kasai, na RDCongo, a partir de março de 2017, procurando refúgio na província da Lunda Norte em Angola, junto à fronteira.

Inicialmente, os refugiados foram acolhidos nos centros de receção de Kacanda e Mussungue e, posteriormente, transferidos para o assentamento de Lóvua, em agosto de 2017, que albergou mais de 20 mil pessoas.

Leia Também: Nações Unidas apelam para pacificação "imediata e urgente" na Bolívia

Recomendados para si

;
Campo obrigatório