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Bolsonaro defende ordem pública após invasão da embaixada da Venezuela

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse hoje está as autoridades estão a tomar as medidas nevessárias para resguardar a ordem pública depois de partidários de Juan Guaidó terem invadido a embaixada da Venezuela, em Brasília.

Bolsonaro defende ordem pública após invasão da embaixada da Venezuela
Notícias ao Minuto

17:50 - 13/11/19 por Lusa

Mundo Brasil

"Diante dos eventos ocorridos na Embaixada da Venezuela, repudiamos a interferência de atores externos. Estamos tomando as medidas necessárias para resguardar a ordem pública e evitar atos de violência, em conformidade com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas", escreveu Bolsonaro na rede social Twitter.

Ao início da manhã, um grupo de apoiantes de Juan Guaidó, líder da Assembleia Nacional da Venezuela e autoproclamado Presidente daquele país, entrou na embaixada em Brasília.

Guaidó foi reconhecido pelo Governo brasileiro como Presidente interino da Venezuela em fevereiro deste ano, no contexto de uma onda de protestos no país vizinho.

Embora tenha se autoproclamado Presidente e anunciado que formaria um Governo até as próximas eleições, Guaidó não conseguiu apoio interno para afastar o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, do poder.

Antes de Bolsonaro comentar o assunto nas redes sociais, o Governo brasileiro informou em comunicado, que não tomou conhecimento nem incentivou a invasão da embaixada da Venezuela em Brasília.

"Como sempre, há indivíduos inescrupulosos e levianos que querem tirar proveito dos acontecimentos para gerar desordem e instabilidade. O Presidente da República jamais tomou conhecimento e, muito menos, incentivou a invasão da embaixada da Venezuela, por partidários do Sr. Juan Guaidó", refere a nota do Gabinete de Segurança Institucional.

O executivo brasileiro acrescentou que as forças de segurança do país estão a tomar providências para que "a situação se resolva pacificamente e retorne à normalidade".

A advogada María Teresa Belandria Expósito, indicada por Juan Guaidó como embaixadora e reconhecida pelo Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, disse, em comunicado, que um grupo de funcionários da embaixada da Venezuela a contactou, hoje de manhã, para lhe entregar a gestão da embaixada.

"Um grupo de funcionários da embaixada da Venezuela no Brasil entrou em contacto connosco para nos informar que reconhecem o Presidente Juan Guaidó. Eles começaram a abrir as portas e entregar voluntariamente a sede diplomática à representação legitimamente credenciada no Brasil", informou a nota.

No entanto, a comunicação social brasileira relata que a entrada do grupo na embaixada aconteceu de madrugada e que a polícia militar foi chamada por funcionários que alegaram que os apoiantes de Guaidó forçaram a sua entrada no local.

O encarregado de negócios da Venezuela no Brasil, Freddy Meregote, também divulgou um vídeo negando que funcionários da embaixada tenham permitido a entrada do grupo.

O deputado (membro da câmara baixa) brasileiro Paulo Pimenta, do Partido dos Trabalhadores (PT), informou na rede social Twitter que esteve no local e que os funcionários da embaixada venezuelana teriam sido assediados por apoiantes do líder da assembleia venezuelana e pelo Governo brasileiro.

A Venezuela não tem oficialmente um embaixador no Brasil desde 2016.

Em 2019, o chefe de Estado brasileiro reconheceu Juan Guaidó como Presidente da Venezuela e recebeu a carta credencial de María Teresa Belandria Expósito, nomeada embaixadora no Brasil por Guaidó.

O edifício da embaixada da Venezuela no Brasil, porém, continuou a ser administrado por pessoas nomeadas pelo Governo de Nicolás Maduro.

Leia Também: Governo brasileiro nega ter incentivado invasão à embaixada da Venezuela

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