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China confirma detenção de taiwaneses por alegados crimes contra o Estado

A China confirmou hoje que deteve três taiwaneses, por alegada subversão ou outros crimes contra o Estado chinês, uma tendência crescente que levou já Taipé a recomendar cautela aos cidadãos que visitam o continente.

China confirma detenção de taiwaneses por alegados crimes contra o Estado
Notícias ao Minuto

07:07 - 13/11/19 por Lusa

Mundo China

O porta-voz do gabinete para os Assuntos de Taiwan, Ma Xiaoguang, disse hoje aos jornalistas que os três detidos são suspeitos de atividades prejudiciais à segurança nacional.

"O continente sempre atacou atividades prejudiciais à segurança nacional através da lei e esta é a conduta normal da polícia", disse Ma, que negou que o número de detenções tenha aumentado recentemente.

Ma disse que aqueles casos já transitaram para julgamento e que as famílias dos detidos foram contactadas.

A imprensa de Taiwan identificou os três detidos como Tsai Chin-shu, presidente de uma organização que promove intercâmbios com a China, o ativista taiwanês Lee Meng-chu e um professor reformado, Shih Cheng-ping.

Em setembro, o Governo taiwanês disse que recebeu 149 denúncias de desaparecidos durante viagens ao continente, desde que a Presidente Tsai Ing-wen, que se recusa a reconhecer Taiwan como parte da China, assumiu o poder, em maio de 2016.

Um ativista de Taiwan, Lee Ming-che, foi condenado a cinco anos de prisão, em novembro de 2017, por acusação de subversão do poder do Estado.

Taiwan, a ilha onde se refugiou o antigo governo chinês depois do Partido Comunista tomar o poder no continente em 1949, assume-se como República da China, e funciona como uma entidade política soberana.

Mas Pequim considera Taiwan uma província chinesa e defende a "reunificação pacífica". No entanto, ameaça "usar a força" caso a ilha declare independência.

As detenções levaram o Governo taiwanês a advertir os seus cidadãos em viagem à China continental e à cidade semiautónoma de Hong Kong, que há seis meses é palco de protestos antigovernamentais.

Uma porta-voz do Partido Progressista Democrático, atualmente no poder em Taiwan, pediu aos viajantes que se mantenham seguros e informem regularmente familiares e amigos sobre o seu paradeiro.

Subjacente a esta preocupação existe a suspeita de que a China está deliberadamente a deter mais taiwaneses, como parte de uma campanha para isolar e punir Tsai Ing-wen.

Ma repetiu hoje as alegações de que Taiwan está a fomentar os protestos em Hong Kong, mas sem avançar quaisquer evidências.

"O que Taiwan deve fazer é retirar imediatamente a 'mão negra' que estendeu a Hong Kong", disse Ma, usando um termo para conspiração.

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