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Membros do Tribunal Eleitoral presos durante investigação a fraude

A ex-presidente e o ex-vice-presidente do Supremo Tribunal Eleitoral da Bolívia vão ficar detidos enquanto decorrem as investigações às denúncias de fraude eleitoral, segundo uma decisão judicial anunciada na terça-feira.

Membros do Tribunal Eleitoral presos durante investigação a fraude
Notícias ao Minuto

06:39 - 13/11/19 por Lusa

Mundo Bolívia

O juiz Ronald Chávez declarou que ex-presidente, María Eugenia Choque, e o ex-vice-presidente, Antonio Costas Sitic, além de um outro membro do Supremo Tribunal Eleitoral, ficarão detidos em diferentes prisões da Bolívia.

No domingo, o Ministério Público da Bolívia tinha anunciado que os membros do Supremo Tribunal Eleitoral iriam ser processados.

Numa nota, o Ministério Público referia que tinham sido detetadas irregularidades "muito graves" pela Organização dos Estados Americanos (OEA) que podiam levar a "erros criminais e eleitorais relacionados com o cálculo dos resultados oficiais" das eleições de 20 de outubro, que deram a vitória a Evo Morales.

O departamento da procuradoria de La Paz, onde está sediado o tribunal eleitoral, foi, então, instruído para iniciar "imediatamente" ações legais para julgamento e acusação dos membros daquele órgão que realizaram o processo eleitoral.

Antes, a OEA publicou um relatório que alertava para graves irregularidades no cálculo dos resultados das eleições, após as quais o corpo eleitoral deu Morales como vencedor para exercer o seu quarto mandato consecutivo.

Evo Morales comunicou de seguida, embora sem citar o relatório da organização internacional, que iria convocar novas eleições para "pacificar" o país, imerso numa grave crise desde que a suspeita de fraude começou, no dia seguinte à votação.

Porém, ao final do dia de domingo, numa declaração transmitida pela televisão do país, Evo Morales anunciou que renunciava ao cargo de Presidente da República, após quase 14 anos no poder.

Na segunda-feira, a Assembleia Legislativa da Bolívia recebeu a carta de renúncia de Evo Morales, em que dizia esperar que o seu gesto evitasse mais violência e permita "paz social" no país.

No dia seguinte, numa sessão parlamentar extraordinária, a senadora da oposição Jeanine Añez assumiu a Presidência interina da Bolívia.

Também na terça-feira, Evo Morales chegou ao México num avião militar deste país, onde ficará sob o regime de asilo político, "por razões humanitárias".

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