Cidadãos apresenta queixa contra o presidente do Parlamento catalão
O partido espanhol Cidadãos vai apresentar queixa contra o presidente do Parlamento catalão por delito de desobediência por ter permitido a votação de uma moção independentista pela autodeterminação da Catalunha.
© Reuters
Mundo Espanha
"Anuncio que vamos apresentar uma denúncia na Procuradoria desta atuação por parte de Roger Torrent (presidente do Parlament Catalão) porque o que ele fez hoje foi consumar um delito de desobediência, sendo que já tinha sido advertido pelo Tribunal Constitucional", disse Laura Roldán, deputada dos Cidadãos/Catalunha à margem da sessão parlamentar que ainda decorre.
A deputada recordou que, no último requerimento, o Tribunal Constitucional comunicou que este tipo de atuações iria ter consequências.
"O filme é sempre o mesmo e pedimos a Torrent para deixar de 'pisar' o delito de desobediência. Já sabemos como é que isto vai acabar. Depois não venham com lamentos", acrescentou Laura Rodán.
O Parlamento da Região Autónoma da Catalunha votou hoje uma moção sobre a "autodeterminação" com os votos dos três partidos independentistas, no primeiro debate após as eleições gerais espanholas.
A moção foi votada favoravelmente com os votos dos partidos Juntos por Catalunha (JxCat), Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) e Candidatura de Unidade Popular, que apresentou a moção.
Os socialistas catalães (PSC), os deputados do Ciudadanos e os do Partido Popular da Catalunha recusaram-se a participar na votação.
"Hoje assistimos a outra manobra por parte do presidente do Parlamento que utiliza esta instituição para servir os interesses do separatismo", sublinhou a deputada do Ciudadanos.
Laura Roldán explicou que a sessão plenária de hoje estava marcada para a parte da tarde, mas que os deputados foram convocados para comparecerem no plenário às 09:00 (08:00 em Lisboa).
"Fomos convocados sem qualquer tipo de justificação porque a razão da antecipação só foi provocada pela reunião de hoje do Tribunal Constitucional, em Madrid, sobre a suspensão da moção da CUP e que tinha sido impugnada pelo governo de Espanha", disse a deputada do Ciudadanos.
"Torrent é presidente do Parlamento e sabe perfeitamente que quando o governo impugna uma moção significa que a medida é automática. Houve intenção, outra vez, de vulnerabilizar o Tribunal Constitucional e de calcar os direitos dos catalães e de colocar este Parlamento fora da lei. Isto é indignante", lamentou a parlamentar do Ciudadanos.
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