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Polícia pede intervenção das Forças Armadas para travar violência

O chefe da polícia de La Paz pediu na segunda-feira às Forças Armadas para intervirem de modo a travar a violência nas ruas da capital, depois de Evo Morales ter renunciado ao cargo de Presidente da República da Bolívia.

Polícia pede intervenção das Forças Armadas para travar violência
Notícias ao Minuto

06:47 - 12/11/19 por Lusa

Mundo Bolívia

"Pedi ao comandante-chefe das Forças Armadas, general Williams Kaliman, que interviesse", disse o chefe da polícia de La Paz, José Barrenechea.

O comandante afirmou que a polícia está mobilizada há 21 dias pela crise que o país atravessa desde as eleições de 20 de outubro a "sustentar a situação", mas referiu que não é possível continuar.

Barranechea, que apareceu em frente ao quartel-general da polícia, pediu a intervenção militar para que, "de acordo com a lei, a paz e a tranquilidade possam ser restauradas".

"Não vamos permitir uma única morte do lado da polícia boliviana, não posso permitir, a minha responsabilidade é muito grande", advertiu, referindo que existem pessoas com armas de fogo com "intenção de matar".

O chefe da polícia explicou que não se pode enfrentar os grupos nas ruas apenas com gás lacrimogéneo.

"Decidimos pedir o apoio das Forças Armadas, para restaurar a paz social e evitar mais mortes", reiterou.

A Bolívia sofre uma grave crise desde a proclamação de Evo Morales como Presidente para um quarto mandato consecutivo nas eleições de 20 de outubro, uma vez que a oposição e os movimentos da sociedade civil alegam que houve fraude eleitoral.

A situação no país piorou desde que Evo Morales renunciou ao cargo de presidente no domingo, com vários saques, incêndios e outros tumultos em grande parte do país.

As principais cidades permaneciam praticamente desertas esta noite, depois de novos episódios de violência terem sido registados durante o dia em algumas delas, como La Paz e El Alto.

A Agência Boliviana de Informação anunciou que o comandante das Forças Armadas do país, Williams Kaliman, já ordenou operações conjuntas com a polícia, utilizando "força proporcional" contra os grupos que praticam atos de violência.

Evo Morales renunciou ao cargo de Presidente da República da Bolívia no domingo, após quase 14 anos no poder, numa declaração transmitida pela televisão do país.

Morales demitiu-se depois de os chefes das Forças Armadas e da polícia da Bolívia terem exigido que abandonasse o cargo para que a estabilidade e a paz possam regressar ao país.

A Assembleia Legislativa da Bolívia recebeu na segunda-feira a carta de renúncia de Evo Morales, em que diz esperar que o seu gesto evite mais violência e permita "paz social".

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