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Mais 200 elefantes morrem no Zimbabué devido à seca prolongada

Pelo menos mais 200 elefantes morreram de fome no Zimbabué durante a seca prolongada, desta vez no Parque Nacional de Hwange, de acordo com as autoridades de gestão das reservas naturais.

Mais 200 elefantes morrem no Zimbabué devido à seca prolongada
Notícias ao Minuto

12:55 - 11/11/19 por Lusa

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"Perdemos bastantes elefantes por causa da fome, não há comida", explicou o porta-voz da Autoridade de Gestão dos Parques Nacionais e Vida Selvagem do Zimbabué, Tinashe Farawo, afirmando que estão desesperados por chuva.

"Só em Hwage estamos a falar de 200 elefantes mortos", disse, atualizando o número do mês passado que não passava dos 55.

Mais elefantes morreram na semana passada por causa da seca no parque Nacional de Mana Pools, localizado no norte do país e declarado Património Mundial pela UNESCO.

Nos últimos dois meses, morreram pelo menos 105 elefantes nas reservas naturais, a maioria nos parques nacionais de Mana Pools e Hwange, de acordo com a Autoridade de Gestão dos Parques Nacionais e de Vida Selvagem do Zimbabué.

Os funcionários do parque e amantes da vida selvagem têm levado comida para os animais de modo a alivar a escassez de alimentos, mas zebras e búfalos acabaram por morrer.

Os efeitos da seca são cada vez mais palpáveis entre a população crescente de elefantes de Hwange, que este ano aumentou de 23 mil exemplares para 43 mil, de acordo como relatório do grupo de conservação independente Bhejane Trust que preserva as bombas de água em algumas áreas do parque.

Segundo o grupo de conservação, manadas de "elefantes migrantes" terão procurado refugio no último ano no Zimbabué, vindos do Botsuana, país vizinho e com a maior população de elefantes de África.

Para além disso, as autoridades confirmam pelo menos nove mil cabeças de gado morreram de fome nas províncias de Matabeleland norte e sul, no oeste do Zimbabué.

Grande parte do sul da África foi atingida pela pior seca das últimas duas décadas, o que para o Zimbabué significa a perda do cultivo de alimentos básicos como milho, deixando cerca de sete milhões de pessoas, aproximadamente a metade do país, dependentes de ajuda alimentar.

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