Likud une-se à extrema-direita. Gantz com dificuldade para formar governo
O Likud, partido do atual primeiro-ministro de Israel em funções, Benjamin Netanyahu, anunciou hoje uma aliança com o partido de extrema-direita Nova Direita, o que diminui as possibilidades do centrista Beny Gantz formar uma coligação governamental.
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Mundo Israel
"O Likud e a Nova Direita formarão imediatamente uma fação conjunta e atuarão juntos no parlamento", anunciou o Likud, em comunicado.
Na nota distribuída à imprensa, o Likud refere que Netanyahu ofereceu a Naftali Benet, antigo responsável pela Educação e um dos líderes da Nova Direita, a pasta da Defesa, atualmente nas mãos do primeiro-ministro.
A transferência do cargo vai ser aprovada na reunião de gabinete do próximo domingo e será apenas temporária, até à formação do próximo governo.
Esta decisão surge a menos de duas semanas do prazo dado a Beny Gantz, líder do partido centrista Azul e Branco, que tinha até 20 de novembro para formar Governo e descarta a possibilidade de uma coligação com a Nova Direita.
Para o Azul e Branco, a designação de Benet como ministro da Defesa responde a "interesses pessoais e egoístas e não procura o melhor para o sistema de defesa e o Estado de Israel".
A intenção de Gantz formar um Governo de unidade com o Likud foi prejudicada pela decisão de Netanyahu em negociar com a extrema-direita e partidos ultraortodoxos para garantir 55 assentos parlamentares.
O líder do partido centrista teve várias reuniões nos últimos dias com os líderes das fações restantes e indicou que as negociações estão a progredir, mas enquanto não conseguir o apoio de um dos partidos do bloco encabeçado por Netanyahu, é improvável que chegue à maioria de 61 parlamentares necessários para governar.
Esta manhã, numa mensagem difundida pela sua conta na rede social Facebook, Gantz acusou o Likud de não estar interessado na formação de um executivo e que Netanyahu está a levar Israel a terceiras eleições no espaço de um ano.
Acrescentou que o seu partido está a "examinar outras alternativas, caso as negociações com o Likud não sejam bem sucedidas".
Em resposta a essa mensagem, Netanyahu acusou Gantz de "usar qualquer desculpa para não formar o Governo que os israelitas desejam, um governo de unidade nacional", que inclua os partidos de extrema-direita e ultraortodoxa.
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