Tribunal chinês condena nove pessoas por venda de fentanil para os EUA
Um tribunal chinês condenou hoje nove pessoas, uma à pena de morte, por produzir e vender ilegalmente fentanil - um opiáceo dezenas de vezes mais potente que a heroína - para os Estados Unidos, informou a imprensa local.
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Mundo China
Segundo o veredicto do Tribunal Intermédio de Xingtai, na província de Hebei, Liu Yong foi condenado à pena de morte com um período de suspensão de dois anos, enquanto Jiang Juhua e Wang Fengxi foram punidos com prisão perpétua.
Seis outros condenados por envolvimento na produção e venda de fentanil foram punidos com sentenças de até 10 anos.
O caso surgiu após uma informação partilhada pelo Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos sobre um suspeito de venda de droga 'online', que se identificava como Diana.
A polícia chinesa apanhou então em flagrante o grupo que produzia a droga, a partir de um laboratório clandestino situado em Hebei, e enviava depois para os EUA e outros países.
A polícia deteve então 20 suspeitos e apreendeu quase 12 quilos de fentanil e 19 quilos de outras drogas.
O fentanil é responsável por dezenas de milhares de mortes nos EUA todos os anos.
Washington culpou Pequim por não restringir o fornecimento de drogas sintéticas que, segundo as autoridades norte-americanas, são oriundas maioritariamente da China.
Em agosto passado, o Presidente norte-americano, Donald Trump, atacou o homólogo chinês, Xi Jinping, por não fazer mais para combater a produção ilícita de opiáceos na vasta indústria química da China.
Trump tem vinculado os esforços de Pequim no combate à produção de fentanil às negociações por um acordo comercial com os Estados Unidos.
Yu Haibin, vice-diretor da Comissão Nacional de Controlo de Narcóticos da China, classificou hoje as alegações norte-americanas de que a China está na raiz do problema dos EUA com o fentanil "irresponsável e inconsistente com os fatos".
"O crime envolvendo drogas é um inimigo de toda a humanidade", acrescentou. "É sobre a vida de seres humanos, não deve ser associado à guerra comercial ou relacionado com outras questões políticas", apontou.
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