Chile: Aumentam casos de violações e abusos sexuais contra manifestantes
Há várias denúncias de crimes sexuais cometidos por polícias e militares.
© Reuters
Mundo Chile
Os protestos no Chile contra o governo do presidente Sebastián Piñera prosseguem. A violência entre as forças de autoridade e os manifestantes já provocou a morte a 20 pessoas e fez mais de cem feridos. Mas agora estão a avolumar-se também o número de denúncias de crimes de índole sexual. Segundo a Rádio França Internacional, há cada vez mais relatos de violações e abusos sexuais cometidos por polícias e militares contra manifestantes.
Bárbara Sepúlveda, diretora da Abofem, uma associação de advogados de mulheres, revelou que em muitos dos casos revelados as vítimas, que tinham sido detidas, foram obrigadas a despirem-se nas esquadras da polícia ou em quartéis militares. Algo que é proibido pelas normas internas das forças de segurança.
“Após serem forçadas a despirem-se, elas são obrigadas a agacharem-se por um longo período de tempo”, contou Bárbara Sepúlveda, que acrescenta que muitas mulheres são apalpadas, com os elementos das forças de segurança a tocarem nos seus seios e órgãos genitais.
Há ainda denúncias de lésbicas que são colocadas em celas com homens e forçadas a fazerem sexo com eles. “Nesta altura temos cinco casos de ataques homofóbicos que vamos levar à justiça, tal como todas as outras queixas”, frisou a advogada.
Esta quarta-feira, Sebastián Piñera sublinhou que “não tem nada a esconder” sobre as ações das forças de segurança. “Com a mesma contundência que os manifestantes causaram distúrbios violentos, saquearam e danificaram mais de 70 estações do metro durante os protestos, qualquer excesso cometido pelos agentes será punido”, disse o presidente.
Desde o início dos protestos no Chile, tem-se verificado um número crescente de denúncias de violações dos direitos humanos. Uma missão do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos já foi enviada para o país.
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