"O sentido geral da nossa ação é a manutenção da soberania. Queremos retomar o controlo da nossa política migratória. (...) Penso que encontrámos um justo equilíbrio entre os direitos e deveres [dos imigrantes]", afirmou o primeiro-ministro em conferência de imprensa, considerando que não cedeu ao populismo da extrema-direita, que pede um maior endurecimento da política de entrada no país.
Assim, o Governo francês quer investir mais no acolhimento de estudantes estrangeiros - o país recebeu em 2018 cerca de 325.000 estudantes vindos de fora do país - e até 2027 receber 500 mil estudantes de outros países nas suas universidades.
Esta medida, segundo o governante, visa manter a competitividade do país no âmbito acolhimento e em setores estratégicos.
Tal como já tinha sido anunciado na terça-feira pela ministra do Trabalho, a França vai mesmo avançar com a introdução de quotas para a imigração económica e a prioridade será encontrar trabalho para as pessoas desempregadas que já estão no país.
Para quem entra em França pedindo asilo ou vê o seu visto expirar, o período de acesso livre ao sistema de saúde vai ser reduzido de um ano para seis meses, com um período de carência de três meses até se poder aceder à Segurança Social no país - excluindo os menores, que terão acesso universal.
O ministro do Interior, Christophe Castaner, também presente nesta conferência de imprensa, assegurou que até ao fim do ano vão ser evacuados os campos de migrantes instalados nas imediações de Paris e onde vivem entre 1.500 e 3.000 pessoas.
Ainda segundo este ministro, não haverá qualquer alteração nas leis de reagrupamento familiar, que permitem a estrangeiros que vivem em França trazer os seus familiares próximos para o país.