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Governo do Iémen assina acordo de partilha de poder com separatistas

O Governo do Iémen reconhecido pela comunidade internacional assinou hoje em Riade um acordo de partilha de poder com os separatistas do sul do país, para terminar os confrontos que duram desde o verão.

Governo do Iémen assina acordo de partilha de poder com separatistas
Notícias ao Minuto

15:58 - 05/11/19 por Lusa

Mundo Iémen

O acordo visa pôr fim a um conflito que dura há meses, em várias frentes, opondo dois grupos que pertencem à coligação liderada pela Arábia Saudita que combate os rebeldes Huthis na guerra do Iémen.

As duas partes ficam agora corresponsabilizadas pelo governo do país.

Nos termos deste tratado, o Presidente do Iémen, Abd Rabbo Mansour Hadi, fica autorizado a regressar à capital temporária do país, Aden, abandonando a sua casa em Riade, onde estava exilado, e os separatistas concordam em desmantelar as suas milícias, que passarão a integrar as forças militares dirigidas pelo chefe do Estado.

"Este acordo abrirá um novo período de estabilidade no Iémen, com a Arábia Saudita ao seu lado", disse o príncipe herdeiro saudita, Mohamed bin Salman, durante a cerimónia de assinatura do acordo, com foi divulgada pela TV estatal deste país.

As forças leais ao presidente Abed Rabbo Mansour Hadi, reconhecidas internacionalmente, e os separatistas do Conselho de Transição do Sul combatem ambos os rebeldes xiitas Huthis.

Os combatentes Huthis tomaram uma vasta zona do Iémen, incluindo a capital, em 2014, provocando o exílio do presidente Hadi que se encontra atualmente na Arábia Saudita, depois de ter permanecido na cidade portuária de Aden.

Uma coligação liderada pela Arábia Saudita está envolvida no conflito desde 2015 contra os rebeldes Huthis para tentar restaurar o poder do presidente Hadi.

A guerra num dos países mais desfavorecidos da região já provocou milhões de deslocados que precisam urgentemente de ajuda humanitária.

No passado mês de agosto eclodiram os confrontos entre as forças leais ao presidente no exílio e os militares da coligação chefiada por Riade contra os separatistas do sul do país, aliados dos Emirados Árabes Unidos.

O agravamento da situação militar no sul degradou as relações entre as forças que combatem os Huthis, apoiados pelo Irão, prejudicando os esforços para acabar com a guerra civil de forma negociada.

A guerra do Iémen, que grassa desde 2015 e já provocou dezenas de milhares de mortos, opõe a coligação liderada pela Arábia Saudita, que apoia o Governo reconhecido internacionalmente, contra os rebeldes Huthis, que são apoiados pelo Irão.

Segundo a ONU, o Iémen é palco da maior catástrofe humanitária do mundo e 75% dos cerca de 30 milhões de habitantes dependem da ajuda externa para suprir as suas necessidades básicas.

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