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Erdogan diz que milícias curdas ainda não abandonaram zona de fronteira

O Presidente turco, Recep Erdogan, disse hoje que as milícias curdas ainda não saíram totalmente da zona de segurança no nordeste da Síria e pediu à Rússia e aos EUA para ajudarem na tarefa de as afastar das suas fronteiras.

Erdogan diz que milícias curdas ainda não abandonaram zona de fronteira
Notícias ao Minuto

13:30 - 05/11/19 por Lusa

Mundo Turquia

Num discurso aos deputados do seu partido, em Suruc, Erdogan disse que as milícias curdas ainda se encontram presentes em algumas áreas de fronteira, apesar dos dois acordos de cessar-fogo intermediados pelos EUA e pela Rússia, que interromperam a ofensiva militar da Turquia, para permitir a sua saída da região.

Por isso, o Presidente turco pediu aos norte-americanos e aos russos para cumprirem a promessa de ajudar na retirada das milícias curdas da região de fronteira, anunciando que uma patrulha militar com elementos da Turquia e da Rússia tinha sido enviada para confirmar a sua presença em vários pontos do nordeste da Síria.

Esta é a segunda patrulha turco-russa, depois de uma outra enviada no primeiro dia de novembro, para ajudar a criar uma zona de segurança, com cerca de 30 quilómetros de extensão, ao longo da fronteira entre a Síria e a Turquia, de onde as milícias curdas (consideradas terroristas pelo Governo de Ancara) devem sair.

Desde o início de outubro que o Governo turco lançou uma ofensiva militar para combater as milícias curdas, após a saída das tropas norte-americanas da região, tendo concordado em dois cessar-fogo para permitir a sua retirada.

"Sabemos que ainda existem terroristas dentro dos limites da zona de segurança que delineámos", afirmou Recep Erdogan, no seu discurso no Parlamento, acrescentando que a patrulha enviada na semana passada detetou a presença de milícias curdas acompanhadas de militares norte-americanos.

"Infelizmente, a América está a realizar patrulhas separadas com terroristas", denunciou o Presidente turco, considerando que isso viola o que ficara acordado com Washington.

Recep Erdogan disse que ainda não decidiu se manterá uma viagem aos Estados Unidos, que estava marcada para 13 de novembro, após uma conversa telefónica com o Presidente Donald Trump.

As relações entre os EUA e a Turquia ficaram mais tensas, depois de a Câmara de Representantes do Congresso dos Estados Unidos ter aprovado, na semana passada, uma moção reconhecendo o genocídio arménio pelos otomanos turcos.

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