Governo minoritário da Roménia consegue aprovação do parlamento
O Governo minoritário romeno apresentado pelo liberal Ludovic Orban obteve hoje aprovação por uma maioria simples dos deputados e senadores do parlamento, pondo fim a uma crise política que estava a atrasar a formação da nova Comissão Europeia.
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Mundo Roménia
O novo Governo foi ratificado por mais sete votos do que o mínimo necessário (233 votos) e vai suceder ao Governo dos social-democratas, a maioria no parlamento, que caiu em 10 de outubro.
A formação do novo executivo vai também permitir a nomeação de um candidato romeno para o cargo de comissário europeu.
O líder do Partido Liberal Nacional (PLN), Ludovic Orban, já tinha sido nomeado como primeiro-ministro pelo Presidente do país, o também conservador Klaus Iohannis, em 10 de outubro, depois de o Governo da primeira-ministra social-democrata Viorica Dancila ter sido alvo de uma moção de censura.
O PLN liderava, até agora, a oposição e tem apenas 96 dos 465 assentos nas duas câmaras legislativas romenas.
Portanto, para somar o mínimo exigido de 233 votos, o partido de Orban precisava do voto a favor de todas as formações que apoiaram a moção contra Dancila, objetivo que enfrentava a falta de apoio do PRO Roménia, de centro-esquerda, único que não se comprometeu a apoiá-lo.
Se Orban não tivesse conseguido votos suficientes para formar Governo, a Roménia teria de organizar eleições antecipadas.
A votação do Governo de Orban ocorre no final da campanha para as eleições presidenciais, convocadas para o próximo domingo.
Klaus Iohannis é candidato à reeleição e é o favorito, de acordo com todas as pesquisas.
No final de outubro, Viorica Dancila -- chefe do Governo interinamente - propôs Victor Negrescu, ex-ministro dos Assuntos Europeus, para a nova Comissão Europeia, nomeação qualificada de "irresponsável e ilegítima" pelo Presidente romeno.
Viorica Dancila afirmou à imprensa que Victor Negrescu, 34 anos, "é uma boa escolha" dada "a sua grande experiência" e que ia "enviar a Bruxelas" uma carta propondo-o como representante da Roménia na próxima Comissão Europeia.
No Facebook, a primeira-ministra em funções escreveu ter recebido uma carta da presidente eleita da Comissão, Ursula von der Leyen, pedindo-lhe que "designe sem demora" um comissário.
Dancila publicou uma cópia da carta, datada de 28 de setembro, na qual Von der Leyen "encoraja o Governo romeno a propor uma candidata" para que possa cumprir a promessa de formar uma equipa paritária.
A nova Comissão Europeia devia inicialmente entrar em funções a 01 de novembro, mas essa data foi adiada por um mês, para 01 de dezembro devido ao 'chumbo' pelo PE dos candidatos da Roménia, Hungria e França.
Von der Leyen aprovou, entretanto, os nomes dos candidatos a comissários de França, Thierry Breton, e da Hungria, Oliver Varhelyique, pelo que a conclusão da formação da equipa estava dependente da indicação do candidato romeno.
Um primeiro nome proposto pela Roménia, o da eurodeputada Rovana Plumb, foi 'chumbado' em setembro pela comissão de Assuntos Jurídicos (JURI) do Parlamento Europeu (PE), que considerou a candidata "inapta para exercer as suas funções".
Viorica Dancila propôs depois dois novos nomes, o eurodeputado Dan Nica e a diplomata Grabriela Ciot, que, segundo a imprensa europeia, não chegaram a ser formalmente aceites como candidatos.
O primeiro-ministro indigitado, Ludovic Orban, afirmou, entretanto, que será o seu Governo a designar o comissário europeu, "assim que o governo tome posse".
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