Dois alegados terroristas mortos em ataque no Quénia
Dois alegados terroristas morreram e cinco pessoas ficaram feridas, incluindo dois agentes policiais, num ataque do grupo extremista al-Shabab a uma delegacia de Wajir, nordeste do Quénia, anunciaram hoje as autoridades.
© Reuters
Mundo Quénia
Os terroristas de al-Shabab atacaram na noite de terça-feira o posto da polícia de Dadajabula, a cerca de 13 quilómetros da fronteira com a Somália, onde estavam detidos dois membros suspeitos da organização somali, que pretendiam libertar.
A emboscada apanhou de surpresa os oficiais da esquadra da polícia, que tiveram que se esconder e alertaram as tropas do Exército queniano instaladas num acampamento próximo, que vieram em seu auxílio e enfrentaram os 'jihadistas'.
"Os atacantes mataram os seus colegas", disse o porta-voz da polícia queniana, Charles Owino à estação de rádio local Capital FM, que não deu detalhes sobre o ataque, embora testemunhas oculares tenham dito que os 'jihadistas' usavam lançadores de granadas.
O comissário de polícia do condado de Wajir, Loyford Kibaara, disse que os terroristas aparentemente acabaram com a vida de cativos que queriam resgatar por medo que fornecessem informações confidenciais às forças de segurança quenianas.
O condado de Wajir faz fronteira com a Somália, onde o al-Shabab, um grupo que se juntou à al-Qaeda em 2012, controla parte do território no centro e no sul e aspira a estabelecer um estado islâmico ultraconservador naquele país.
Desde outubro de 2011, quando o Governo queniano enviou o Exército à Somália em resposta a uma onda de sequestros supostamente da autoria do al-Shabab no seu território, radicais islâmicos perpetraram numerosos ataques no Quénia.
O grupo terrorista reivindicou a autoria de um ataque, em 15 de janeiro, contra o complexo hoteleiro em Nairobi, que causou 21 mortos.
O pior ataque de al-Shabab em solo queniano ocorreu em abril de 2015, quando 148 pessoas morreram no assalto a um comando terrorista na Universidade de Garissa (norte).
A Somália vive em estado de conflito e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barré foi derrubado, o que deixou o país sem um Governo efetivo e nas mãos de milícias e senhores da guerra.
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