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Leyen aguarda candidato consensual da Roménia para 'fechar' colégio

A presidente eleita da Comissão Europeia aguarda pela designação de um candidato a comissário pela Roménia que seja consensual para 'fechar' o seu colégio, não tendo por isso admitido o mais recente nome proposto pelo governo em funções.

Leyen aguarda candidato consensual da Roménia para 'fechar' colégio
Notícias ao Minuto

13:35 - 30/10/19 por Lusa

Mundo Comissão Europeia

Um dia depois de a primeira-ministra cessante da Roménia, Viorica Dancila, ter proposto o nome do ex-ministro dos Assuntos Europeus, Victor Negrescu, para o futuro executivo comunitário, uma nomeação qualificada de "irresponsável e ilegítima" pelo Presidente romeno, Klaus Iohannis, uma porta-voz da Comissão Europeia disse hoje que Ursula von der Leyen aguarda um nome que seja "aceitável" e "capaz de receber o apoio suficiente no Parlamento Europeu".

Confirmando que "a presidente eleita recebeu uma carta ontem (terça-feira) à tarde da primeira-ministra romena com uma proposta de nome", Mina Andreeva observou que, "evidentemente, esta nova proposta do governo em funções não foi coordenada ou apoiada pelo presidente da Roménia".

Escusando-se a utilizar o termo "rejeição", a porta-voz afirmou todavia, em nome da equipa de transição da futura Comissão Europeia, que, "tendo em conta os desafios pela frente, é do interesse de todos que a Europa avance sem mais demoras, pelo que, qualquer que seja o candidato da Roménia, deve ser aceitável para a presidente eleita e ser capaz de receber o apoio suficiente no Parlamento Europeu", o que não é o caso de Negrescu.

"Não é uma questão de sim ou não, ou de uma rejeição. Trata-se do processo interno, onde há sérias dúvidas sobre a legitimidade da nomeação [de um candidato acomissário] por um Governo em funções. É por isso uma questão que deve ser tratada na Roménia agora", concluiu.

O governo social-democrata de Viorica Dancila foi derrubado a 10 de outubro por uma moção de censura da oposição, exercendo o poder interinamente até à aprovação no parlamento, numa votação marcada para 04 de novembro, do executivo formado pelo liberal Ludovic Orban, indigitado primeiro-ministro a 15 de outubro.

Apesar disso, Dancila avançou com o nome de Negrescu, também social-democrata, o que foi desde logo criticado pelo Presidente, Klaus Iohannis, de centro-direita, que considerou a iniciativa "irresponsável" e assegurou que, depois da moção de censura, a primeira-ministra em funções não tem "nenhuma legitimidade" para o fazer.

A nova Comissão Europeia devia inicialmente entrar em funções a 01 de novembro, mas essa data foi adiada por um mês, para 01 de dezembro devido ao 'chumbo' pelo PE dos candidatos da Roménia, Hungria e França.

Depois de, na terça-feira, Von der Leyen ter aprovado formalmente os novos candidatos a comissários de França, Thierry Breton, e da Hungria, Oliver Varhelyique, a conclusão da formação da equipa está dependente da indicação do candidato romeno.

Um primeiro nome proposto pela Roménia, o da eurodeputada Rovana Plumb, foi 'chumbado' em setembro pela comissão de Assuntos Jurídicos (JURI) do Parlamento Europeu (PE), que considerou a candidata "inapta para exercer as suas funções".

Viorica Dancila propôs depois dois novos nomes, o eurodeputado Dan Nica e a diplomata Grabriela Ciot, que, segundo a imprensa europeia, não chegaram a ser formalmente aceites como candidatos.

O primeiro-ministro indigitado, Ludovic Orban, afirmou, entretanto, que será o seu Governo a designar o comissário europeu, "assim que o governo tome posse".

A aprovação do Governo de Orban pelo parlamento é, contudo, incerta, pois o partido Dancila, que é o que tem mais deputados nas duas câmaras (132+69), ameaça boicotar a votação, assim como o pequeno partido centrista PRO Roménia (29 deputados na câmara baixa), recentemente fundado pelo ex-primeiro-ministro social-democrata Victor Ponta.

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