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Exército reabre estradas do Líbano após renúncia do primeiro-ministro

O exército libanês reabriu hoje as principais estradas do Líbano, que foram fechadas pelos manifestantes durante quase duas semanas e paralisaram o país, um dia após a renúncia do primeiro-ministro Saad Hariri.

Exército reabre estradas do Líbano após renúncia do primeiro-ministro
Notícias ao Minuto

12:37 - 30/10/19 por Lusa

Mundo Líbano

Não houve resistência significativa dos manifestantes enquanto os militares derrubaram barreiras e tendas instaladas nas estradas, o que permitiu recuperar a atividade e os acessos à capital, Beirute.

Outros manifestantes, no entanto, mantêm-se na ponte de Beirute para continuar a bloquear as estradas.

A decisão das forças armadas do Líbano ocorre um dia após o primeiro-ministro anunciar a renúncia do seu Governo, depois de quase duas semanas de protestos antigovernamentais em todo o país.

Na terça-feira, os manifestantes aplaudiram a decisão de Hariri, horas depois de violentos confrontos nas ruas de Beirute, quando dezenas de homens armados, associados ao movimento pró-iraniano Hezbollah, se insurgiram contra os protestos antigovernamentais, derrubando tendas e partindo cadeiras.

A renúncia de Saad Hariri ainda não foi formalmente aceite pelo Presidente do Líbano, Michel Aoun, que pode decidir -- pelo menos temporariamente -- que o primeiro-ministro se mantenha em funções num Governo provisório para administrar os assuntos atuais.

A renúncia está, no entanto, longe de satisfazer todas as reivindicações dos manifestantes e abre um período de grande incerteza no Líbano.

Mohammed, um militar aposentado do país, afirmou que "Hariri tomou uma boa decisão ao renunciar", mas apela agora a "eleições antecipadas e ao retorno de dinheiro de roubado".

Um outro manifestante, Charbel, de 26 anos, admitiu à agência France-Presse (AFP) que a renúncia do primeiro-ministro não é suficiente e que "a pressão irá continuar".

Até ao anúncio de Hariri, o Governo não tinha conseguido atender as exigências dos populares que desde 17 de outubro contestavam o regime, depois da aplicação de um imposto sobre as mensagens enviadas pela aplicação 'online' WhatsApp.

Os manifestantes pediam a renúncia do Governo e do regime que domina o país desde a guerra civil de 1975-1990.

As duas grandes potências ocidentais influentes no Líbano, Paris e Washington, manifestaram preocupação com as consequências da crise, que poderiam permitir um crescimento da influência do Hezbollah no país.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, pediu na terça-feira aos líderes libaneses que formem um novo Governo "urgentemente".

O Governo francês afirmou que a renúncia de Hariri tornou "a crise ainda pior".

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