"Estamos a explorar opções comerciais com o Reino Unido após o lançamento, há dois anos, do nosso Diálogo Estratégico sobre Parceria Comercial”, começou por explicar Carrie Lam num discurso numa conferência económica.
“Isso inclui a possibilidade de um acordo de comércio livre na senda do ‘Brexit’, onde quer que essa estrada leve o Reino Unido. Certamente, isso faz sentido nos negócios”, acrescentou, durante o evento promovido pela Asia House, um centro especializado em comércio, investimento e políticas públicas que procura impulsionar o relacionamento político, económico e comercial entre a Ásia e a Europa.
Hong Kong é também o oitavo maior parceiro comercial do Reino Unido fora da União Europeia.
“Também estamos a trabalhar para aderir à Parceria Económica Global Abrangente, um acordo de comércio livre entre a ASEAN [Associação de Nações do Sudeste Asiático] e seis dos seus parceiros”, acrescentou.
A ASEAN é o segundo maior parceiro comercial de mercadorias de Hong Kong, logo atrás do interior da China.
“No ano passado, o nosso comércio bilateral de mercadorias totalizou cerca de 130 biliões [117 mil milhões de euros], um aumento de mais de 14% em relação a 2017. Hong Kong, sem surpresa, abriga mais de 600 empresas da ASEAN”, sublinhou a governante.
Contudo, Carrie Lam ressalvou que as ambições de Hong Kong “vão muito além da ASEAN” e que o “mesmo acontece com os acordos de comércio livre”, oito no total, depois dos compromissos firmados este ano com a Geórgia e a Austrália.