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Número de mortos em protestos na Etiópia sobe para 67

O número de mortos no decurso das manifestações contra o primeiro-ministro na Etiópia subiu para 67, adiantou a AFP, citando as informações da polícia local sobre os protestos que se transformaram numa questão étnica.

Número de mortos em protestos na Etiópia sobe para 67
Notícias ao Minuto

21:37 - 25/10/19 por Lusa

Mundo Etiópia

"O número total de mortos em Oromia é de 67", declarou Kefyalew Tefera, o chefe da polícia regional.

Cerca de 55 pessoas foram mortas no decurso do conflito por oponentes e as restantes foram mortas pelas forças de segurança, precisou o responsável da autoridade.

O exército da Etiópia anunciou hoje que está a destacar as suas tropas para acalmar os protestos contra o primeiro-ministro do país, que nos últimos três dias têm afetado a região de Oromia.

Segundo o porta-voz do exército, major general Mohammed Tessema, os soldados estão a ser destacados para a região de Oromia e para as cidades de Harar (região de Harari) e Dire Dawa (na região homónima).

As manifestações iniciaram-se na quarta-feira, depois de um reconhecido ativista do país, forte crítico do primeiro-ministro Abiy Ahmed, ter acusado as forças de segurança de orquestrarem um ataque contra si.

A polícia negou que a proteção ao ativista Jawar Mohammed, membro do grupo étnico Oromo, tenha sido alterada para que o opositor ficasse numa situação de vulnerabilidade.

Ainda assim, os apoiantes de Jawar Mohammed saíram às ruas, bloqueando estradas, queimando pneus e criticando o primeiro-ministro da Etiópia, que acusam de estar por trás da alegada ameaça à segurança do opositor.

Um confronto na capital, Adis Abeba, entre as forças de segurança e os apoiantes de Jawar Mohamed, acabou por espalhar-se por várias regiões do país.

Enquanto líder da Oromia Media Network, Jawar Mohammed desempenhou um papel fundamental na promoção dos protestos contra o Governo que levaram a coligação no poder a nomear Abiy Ahmed para primeiro-ministro.

Ainda assim, Abiy Ahmed e Jawar Mohammed têm-se distanciado no passado recente, com este último a criticar algumas das reformas conduzidas pelo chefe do Governo da Etiópia.

Em 11 de outubro último, Abiy Ahmed foi galardoado com o Nobel da Paz pelo "seu importante trabalho para promover a reconciliação, a solidariedade e a justiça social".

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