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Depois de Espanha, notícia do bebé sem rosto chega ao Reino Unido

A BBC notícia está quinta-feira o caso do bebé Rodrigo.

Depois de Espanha, notícia do bebé sem rosto chega ao Reino Unido
Notícias ao Minuto

18:20 - 24/10/19 por Sara Gouveia

Mundo Reino Unido

Depois de o jornal espanhol El País ter contado a história do bebé Rodrigo, que nasceu no início deste mês sem rosto, e de o obstetra Artur Carvalho que seguiu a mãe durante toda a gravidez e que em nenhuma ecografia detetou as malformações graves do bebé, é a vez de a estação de serviço público britânica BBC dar conta da história.

O jornal espanhol destacou o número de queixas feitas contra o médico na Ordem dos Médicos, desde 2007, para alegar que "a Ordem em nenhum momento alertou os hospitais públicos ou privados (...) nem tão pouco deu explicações sobre o atraso em analisar as denúncias" e o mesmo é sublinhado pela notícia da BBC.

"Veio a público que outras queixas, que datam de há mais de uma década, foram feitas envolvendo outros bebés. Esses casos, relatados pelos média portugueses, provocaram indignação geral", pode ler-se.

Recorda ainda a BBC que "em um dos casos um bebé nasceu em 2011 com a face desfigurada, as pernas deformadas e danos cerebrais graves" e que a mãe da criança fez uma queixa criminal contra o médico Artur Carvalho "apenas para o procurador acabar por a dispensar". "Agora com oito anos, a criança já fez múltiplas cirurgias e continua sem conseguir falar ou andar".

"O escândalo tem espoletado a indignação em Portugal e levantado questões sobre a forma como o sistema de saúde funciona, bem como os procedimentos tomados em caso de queixa", escrevem ainda.

Recorde-se que a 7 de outubro nasceu Rodrigo, um bebé sem olhos, nariz e parte do crânio, depois de a mãe ter feito ecografias com o obstetra Artur Carvalho. O médico não detetou malformações graves no bebé durante os exames e este acabou por nascer sem rosto, no Hospital de São Bernardo. Segundo a Ordem dos Médicos o médico tem quatro processos em curso no conselho disciplinar. 

O médico em causa trabalha no Hospital São Bernardo, em Setúbal, e numa clínica privada que fica junto à unidade hospitalar e foi na terça-feira suspenso de funções preventivamente.

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