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Principais sindicatos e movimentos sociais convocam greve geral no Chile

Os principais sindicatos e movimentos sociais do Chile convocaram para hoje e quinta-feira uma greve geral que ameaça aumentar a violenta crise social que abalou o país há seis dias e já provocou 15 mortos.

Principais sindicatos e movimentos sociais convocam greve geral no Chile
Notícias ao Minuto

14:14 - 23/10/19 por Lusa

Mundo Chile

"VIVA À GREVE! Dizemos alto e claro: aumentos e abusos de preços suficientes!", indicou na terça-feira à noite a Central Unitária dos Trabalhadores (CUT), a principal confederação sindical do país, na rede social Twitter.

Cerca de 20 outras organizações de trabalhadores e estudantes juntaram-se também no apelo à greve geral.

Essas organizações condenam a decisão presidencial de decretar o estado de emergência na maior parte do país, de recorrer ao recolher obrigatório e de envolver as forças armadas.

Cerca de 20.000 militares e polícias foram enviados para as ruas.

Esta é a primeira vez que militares patrulham as ruas desde o final da ditadura do general Augusto Pinochet (1973-1990).

"Pedimos ao Governo que restaure a ordem institucional democrática, o que significa, em primeiro lugar, o abandono do estado de emergência e o retorno dos militares aos seus quartéis", indicaram estes movimentos em comunicado divulgado na terça-feira.

Para travar as manifestações que duram há seis dias, o Presidente chileno, Sebastian Piñera, anunciou na terça-feira um pacote de medidas sociais.

Os protestos, que se espalharam por diversas cidades do país, com barricadas, incêndios e pilhagens, deixaram feridos 239 civis e cerca de 50 polícias e militares, tendo ainda levado a 2.643 detenções.

Piñera afirmou querer acabar com o estado de emergência, o recolher obrigatório e retirar os militares das ruas, devolvendo-os aos quartéis, mas só o fará quando "a ordem pública, a segurança e os bens, tanto públicos como privados, estiverem devidamente resguardados".

As manifestações decorrem desde sexta-feira em protesto contra um aumento (entre 800 e 830 pesos, cerca de 1,04 euros) do preço dos bilhetes de metro em Santiago, que possui a rede mais longa (140 quilómetros) e mais moderna da América do Sul, e que transporta diariamente cerca de três milhões de passageiros.

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