Missão da ONU na RDCongo reforça presença em Minembwe devido à violência
A Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (Monusco) anunciou hoje o reforço da presença das forças de manutenção da paz na região de Minembwe, palco de violência intercomunitária desde há várias semanas no leste do país.
© Reuters
Mundo ONU
A Monusco "reforçou a sua presença em Minembwe através do destacamento de tropas", mantendo "uma base estática e bases temporárias para assegurar a proteção das populações civis", afirmou à agência AFP Florence Marchal, porta-voz da Missão da ONU na RDCongo.
Situado no território de Fizi, na província do Kivu Sul, a cidade de Minembwe é palco de violência desde o mês de maio, após a morte de um líder Banyamulenge (comunidade local de língua ruandesa), morto por membros de uma comunidade rival.
Entre 1 e 7 de outubro foram registados quatro incidentes, com a morte de 17 civis, dos quais oito crianças e quatro mulheres. Na semana seguinte, dois civis foram mortos em resultado de oito incidentes, avançou Florence Marchal.
A Monusco está preocupada com estes incidentes que se registam essencialmente num raio de 50 a 60 quilómetros de Mikenge, uma vila próxima de Minembwe.
Numa declaração em Kinshasa, várias personalidades, entre as quais deputados da comunidade Banyamulenge, denunciaram um plano de "extermínio e desenraizamento" na região de Minembwe.
Os signatários do documento acusam o comandante da 33.ª região militar, o general Muhindo Akili, também conhecido por "Mundos", de ser a figura central deste plano.
Os ataques contra os membros da comunidade Banyamulenge têm ocorrido debaixo do olhar "complacente" ou "cúmplice" dos militares congoleses, enquanto a Monusco "assiste como espetador", lê-se no documento.
"O Monusco protege toda a gente. Não protegemos as comunidades. Quando você implanta, não pede aos civis os nomes das suas comunidades", disse Florence Marchal, entrevistada pela AFP.
No início de setembro, o subsecretário-geral das Nações Unidas para as Operações de Paz, Jean-Pierre Lacroix, visitou Minembwe e defendeu a "prevenção e resolução de conflitos intercomunitários".
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