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Missão da ONU na RDCongo reforça presença em Minembwe devido à violência

A Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (Monusco) anunciou hoje o reforço da presença das forças de manutenção da paz na região de Minembwe, palco de violência intercomunitária desde há várias semanas no leste do país.

Missão da ONU na RDCongo reforça presença em Minembwe devido à violência
Notícias ao Minuto

12:48 - 23/10/19 por Lusa

Mundo ONU

A Monusco "reforçou a sua presença em Minembwe através do destacamento de tropas", mantendo "uma base estática e bases temporárias para assegurar a proteção das populações civis", afirmou à agência AFP Florence Marchal, porta-voz da Missão da ONU na RDCongo.

Situado no território de Fizi, na província do Kivu Sul, a cidade de Minembwe é palco de violência desde o mês de maio, após a morte de um líder Banyamulenge (comunidade local de língua ruandesa), morto por membros de uma comunidade rival.

Entre 1 e 7 de outubro foram registados quatro incidentes, com a morte de 17 civis, dos quais oito crianças e quatro mulheres. Na semana seguinte, dois civis foram mortos em resultado de oito incidentes, avançou Florence Marchal.

A Monusco está preocupada com estes incidentes que se registam essencialmente num raio de 50 a 60 quilómetros de Mikenge, uma vila próxima de Minembwe.

Numa declaração em Kinshasa, várias personalidades, entre as quais deputados da comunidade Banyamulenge, denunciaram um plano de "extermínio e desenraizamento" na região de Minembwe.

Os signatários do documento acusam o comandante da 33.ª região militar, o general Muhindo Akili, também conhecido por "Mundos", de ser a figura central deste plano.

Os ataques contra os membros da comunidade Banyamulenge têm ocorrido debaixo do olhar "complacente" ou "cúmplice" dos militares congoleses, enquanto a Monusco "assiste como espetador", lê-se no documento.

"O Monusco protege toda a gente. Não protegemos as comunidades. Quando você implanta, não pede aos civis os nomes das suas comunidades", disse Florence Marchal, entrevistada pela AFP.

No início de setembro, o subsecretário-geral das Nações Unidas para as Operações de Paz, Jean-Pierre Lacroix, visitou Minembwe e defendeu a "prevenção e resolução de conflitos intercomunitários".

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