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Polónia. Partido no poder pede recontagem parcial de votos para o Senado

O partido no poder na Polónia, Lei e Justiça (PiS) pediu a recontagem dos votos para o Senado em duas circunscrições, depois de ter perdido a maioria naquela câmara nas legislativas de 13 de outubro.

Polónia. Partido no poder pede recontagem parcial de votos para o Senado
Notícias ao Minuto

12:39 - 22/10/19 por Lusa

Mundo Polónia

Um porta-voz do partido conservador, Radoslaw Fogiel, disse à Associated Press que o PiS solicitou na segunda-feira ao Supremo Tribunal a recontagem nas duas circunscrições (Katowice e Koszalin) porque estas registaram um elevado número de votos nulos, nalgumas mesas superior mesmo aos número de votos válidos.

A oposição reagiu acusando o PiS de tentar alterar os resultados das eleições, em que perdeu por estreita margem a maioria no Senado, o que torna mais difícil a tramitação das suas propostas de lei.

Grzegorz Schetyna, líder da opositora Plataforma Cívica (PO, centro-direita), considerou o pedido "um escândalo" e pediu que qualquer recontagem seja acompanhada pelos observadores internacionais da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), considerando não haver qualquer garantia de que os votos sejam recontados de forma transparente.

"O Lei e Justiça não aceita o veredicto eleitoral, não aceita a vontade dos polacos, que com uma elevada participação puseram a maioria do Senado nas mãos da oposição", disse Schetnya.

Nas eleições legislativas de 13 de outubro, o PiS manteve a maioria na câmara baixa do parlamento, mas, no Senado, os partidos da oposição -- centro-direita, liberais e esquerda - elegeram 51 dos 100 senadores.

No poder desde 2015, o PiS procedeu a uma polémica reforma judicial, censurada pela União Europeia (UE) como potencialmente comprometedora da independência dos juízes e do Estado de Direito.

A recontagem agora pedida pelo partido implica o envolvimento de uma nova câmara do Supremo Tribunal, criada na reforma lançada pelo PiS, cuja constitucionalidade foi questionada pelo Conselho da Europa, organização de promoção e monitorização dos direitos humanos, democracia e primado da lei.

A missão de observadores da OSCE que acompanhou as legislativas de 13 de outubro considerou que as eleições foram "administrativamente bem organizadas", mas prejudicadas por uma "clara parcialidade dos 'media'" e uma "retórica de intolerância".

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