Oposição propõe cimeira de presidentes sobre protestos na América Latina
A oposição venezuelana propôs hoje que seja realizada, com "a maior brevidade possível" uma cimeira de presidentes da América Latina para debater os protestos das últimas semanas.
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Mundo Venezuela
"Queremos fazer um apelo a cada um dos cidadãos das Américas, mas também aos presidentes democráticos da região. Consideramos que o mais prudente é que se realize, com a maior brevidade possível, uma cimeira de presidentes", disse a opositora Maria Corina Machado.
Segundo a líder do partido Vem Venezuela, a crise que enfrentam vários países da América Latina, com protestos nalguns casos violentos, foi "preparada" para criar instabilidade na região, em particular nos casos do Equador e do Chile.
Por outro lado, insistiu que a recente eleição da Venezuela para o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, "é um ato de verdadeiro cinismo" que ratifica a urgência de avançar com uma "coligação libertadora" que afaste o regime venezuelano do poder.
A Organização de Venezuelanos Perseguidos Políticos no Exílio (Veppex) acusou segunda-feira o Governo venezuelano de promover ações para criar instabilidade na América Latina e advertiu que as democracias da região estão em risco.
"É necessário que os países da região avaliem na sua justa dimensão a ameaça que representa o regime de Nicolás Maduro para a América Latina e entendam que a única solução é impulsionar uma saída pela força, segundo acordos internacionais", explica-se num comunicado divulgado através da rede social Twitter.
Com sede em Miami, nos Estados Unidos, a Veppex adiantou que "os países da América Latina devem entender que se não travarem o Estado falido que a Venezuela representa, as democracias da região estão em perigo e, com isso, a paz do continente".
Trata-se, para esta organização, de "um território atormentado por traficantes de droga, terroristas e criminosos" que "só pode ser erradicado com uma ação militar desde o exterior das fronteiras da Venezuela".
Entretanto, o Governo venezuelano responsabilizou o Fundo Monetário Internacional (FMI) e os Estados Unidos pelos protestos.
"Ninguém pode deter isso [protestos] e não são provocados por nenhum Governo, nem por Cuba, nem pela Venezuela", disse o presidente da Assembleia Constituinte (composta unicamente por simpatizantes do regime).
Segundo Diosdado Cabello, que é tido como o segundo homem mais forte do chavismo, depois de Nicolás Maduro, "o único causador do que acontece nesses países, no Chile, na Colômbia, na Argentina e no Haiti é o FMI e o Governo dos EUA (...), não há outros responsáveis".
Por outro lado, explicou que se alegra porque os povos estão a acordar e que é inevitável que a "brisa bolivariana" chegue a outros países, inclusive aos EUA, referindo que "o berço do capitalismo não pode ser imune à luta dos povos".
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