De acordo com o Sistema de Emergências Médicas (SEM), seis pessoas foram atendidas com ferimentos ligeiros e todas tiveram alta de imediato.
Os grupos mais violentos que nas últimas noites provocaram o caos em Barcelona deram hoje uma trégua na jornada reivindicativa, com momentos de tensão, mas sem distúrbios relevantes.
Grupos de pacifistas entraram em cena para criar cordões que separaram a polícia dos manifestantes.
Com a polícia em alerta máximo devido à escalada de violência nos últimos dias, e um grande dispositivo no centro de Barcelona, houve apenas momentos de tensão intermitentes na praça Urquinaona, epicentro da batalha campal de sexta-feira.
Os movimentos de protesto começaram na segunda-feira, depois de ser conhecida a sentença contra os principais políticos catalães responsáveis pela tentativa de independência, em outubro de 2017.
Os juízes decidiram condenar nove deles a penas até 13 anos de prisão, por delitos de sedição e peculato.
Depois do anúncio da sentença, os independentistas fizeram cortes de estradas e de vias de caminho-de-ferro um pouco por toda a Catalunha.
Os acessos ao aeroporto foram cortados depois de ter sido conhecida a sentença, e alguns grupos violentos queimaram centenas de barricadas e procuraram a luta corpo a corpo com a polícia.
Das centenas de feridos registados nestes cinco dias, 18 permanecem hospitalizados segundo as autoridades, um deles em estado muito grave, e mais oito com lesões oculares.
Em Madrid também em resultado de confrontos com a polícia após uma marcha de 4.000 pessoas que pedia a libertação de todos os presos políticos, 26 pessoas ficaram feridas, 11 delas da polícia.
Na Gran Via, os manifestantes pegaram em mobiliário de uma esplanada e atiraram contra os polícias, e um deles ficou ferido, segundo a agência noticiosa EFE.
A marcha foi organizada por mais de uma vintena de grupos de esquerda, que reclamava "amnistia para todos os presos políticos", com especial menção dos "políticos catalães", embora a marcha estivesse marcada "há muito tempo", disse a organização à EFE.
Também uma centena de jovens se concentrou hoje na confluência das ruas Goya e Alcalá após uma convocatória de "jovens patriotas" sob o lema "Catalunha é Espanha", que a Polícia Nacional impediu de se dirigirem para onde estava a manifestação pró amnistia, para evitar confrontos.
Em Barcelona, três tribunais decretaram prisão preventiva sem fiança para seis dos detidos nos incidentes de sexta-feira na cidade.
O Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) informou hoje que os detidos foram acusados de vários delitos, entre eles de desordem e atentado.
Os juízes decretaram prisão para seis dos detidos e outros seis saíram em liberdade condicional com medidas cautelares.