Governo da Macedónia do Norte propõe eleições antecipadas
O primeiro-ministro da Macedónia do Norte, Zoran Zaev, apelou hoje à realização de eleições antecipadas, após a recusa da União Europeia em abrir negociações para a adesão do país dos Balcãs.
© Reuters
Mundo Zoran Zaev
"Aqui está o que proponho: a organização rápida de eleições para que vós, cidadãos, decidam o rumo que devemos tomar", declarou o governante, numa declaração realizada na televisão.
A deceção alastrou sexta-feira na Macedónia do Norte, após a União Europeia não ter garantido um consenso entre os estados-membros sobre a abertura de negociações de adesão.
A oposição macedónia solicitou a demissão imediata do primeiro-ministro, Zoran Zaev, enquanto o Presidente Stevo Pendarovski se dirigiu ao país.
A Macedónia do Norte é desde 2005 candidato oficial para a adesão à UE, mas o início das negociações com Bruxelas foi sistematicamente adiado, em particular devido ao contencioso com a Grécia sobre o nome da ex-república jugoslava.
Nos dois últimos anos, o Governo social-democrata de Skopje firmou acordos bilaterais com a Bulgária e a Grécia para ultrapassar as tensões regionais, e aguardava que estes progressos se traduzissem numa adesão mais rápida à UE e NATO, os dois principais objetivos da política externa de Zaev.
Após o acordo com Atenas, a Antiga República Jugoslava da Macedónia (Fyrom, na sigla inglesa) passou a designar-se Macedónia do Norte e a Grécia levantou o seu veto para a adesão do país vizinho à NATO, um processo que está em marcha e que tornará a Macedónia do Norte no 30.º membro oficial da Aliança nos próximos meses. A Albânia foi integrada em 2009, juntamente com a Croácia.
Durante a visita à Macedónia do Norte do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, no início de outubro, foi manifestado o apoio de Washington à adesão do pequeno país balcânico à UE e NATO, com o objetivo de contrariar a crescente influência da Rússia e da China nos Balcãs, duas potências mundiais e que em diversos setores da política interna macedónia são considerados parceiros alternativos à União Europeia.
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