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Macron anuncia iniciativa com Merkel e Johnson para reunião com Erdogan

O Presidente francês Emmanuel Macron anunciou hoje uma "iniciativa comum" com Angela Merkel e Boris Johnson para se encontrarem "proximamente" com o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan e abordar a ofensiva turca no nordeste da Síria.

Macron anuncia iniciativa com Merkel e Johnson para reunião com Erdogan
Notícias ao Minuto

15:37 - 18/10/19 por Lusa

Mundo Síria

Após uma cimeira europeia em Bruxelas, o chefe de Estado francês precisou que previa, juntamente com a chanceler alemã e o primeiro-ministro britânico, "encontrar-se nas próximas semanas" com o Presidente turco, "sem dúvida em Londres".

Em conferência de imprensa, o inquilino do Eliseu definiu como "uma loucura" a operação militar turca e reafirmou que os combatentes estrangeiros do grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) que possam escapar dos centros de detenção sírios e se dirigirem para o Iraque devem ser detidos e julgado nesse país.

Ainda numa referência à situação na Síria, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, considerou que o "designado" cessar-fogo anunciado na quinta-feira é "um pedido de capitulação dos curdos" e apelou à Turquia para terminar de imediato a sua intervenção armada.

Após os países da União Europeia (UE) terem condenado a ofensiva turca na Síria, Tusk disse que o acordo EUA-Turquia sobre um cessar-fogo durante cinco dias não é uma iniciativa séria.

"Este designado cessar-fogo. Não é o que esperávamos. De facto, não é um cessar-fogo, é um pedido de capitulação dos curdos", assinalou Tusk após o final da cimeira da UE.

O acordo, anunciado na noite de quinta-feira pelo vice-Presidente norte-americano Mike Pence durante uma visita a Ancara, prevê a suspensão por cinco dias da ofensiva desencadeada em 09 de outubro, e o fim da intervenção militar, caso as forças curdas das Unidades de Proteção Popular (YPG), consideradas como "terroristas" por Ancara, se retirem durante este período das zonas fronteiriças da Turquia com o nordeste da Síria.

Erdogan garantiu a preservação das suas principais exigências, em particular a retirada das YPG e a formação de uma "zona de segurança" de 32 quilómetros de largura em território sírio, e mesmo que o comprimento desta faixa, que o Presidente turco quer prolongar por 480 quilómetros, permaneça por definir.

A operação foi lançada após o Presidente dos EUA Donald Trump ter anunciado em 07 de outubro a retirada das equipas militares norte-americanas estacionadas no nordeste sírio, fornecendo na prática luz verde ao início da operação turca.

Pouco depois alterou a sua posição devido aos protestos à escala internacional devido à função decisiva das YPG na luta contra os 'jihadistas' do grupo extremista Estado Islâmico.

Para tentar travar a ofensiva de Ancara, as YPG apelaram às forças do regime sírio de Bashar al-Assad, que se deslocaram para as zonas que há muitos anos lhes escapavam ao controlo.

Erdogan afirmou hoje que a ofensiva no nordeste da Síria será retomada a partir da noite de terça-feira caso as forças curdas não se retirem desse setor como ficou previsto no designado acordo de cessar-fogo.

"Caso as promessas sejam respeitadas até à noite de terça-feira, a questão da zona de segurança estará resolvida. Caso contrário, a operação Fonte de Paz será retomada quando expirar o prazo de 120 horas", declarou Erdogan em conferência de imprensa, numa referência à suspensão da ofensiva durante cinco dias nos termos do acordo concluído com Pence.

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