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Amnistia Internacional acusa Turquia de crimes de guerra

A organização não-governamental Amnistia Internacional (AI) acusou hoje as forças turcas e os grupos sírios pró-turcos de cometerem crimes de guerra durante a ofensiva contra os curdos no nordeste da Síria.

Amnistia Internacional acusa Turquia de crimes de guerra
Notícias ao Minuto

13:22 - 18/10/19 por Lusa

Mundo Turquia

"As forças militares turcas e os seus aliados mostraram um completo e cruel desrespeito pelas vidas dos civis ao lançarem ataques ilegais em áreas residenciais que mataram e feriram civis", declarou o secretário-geral da AI, Kumi Naidoo, num comunicado.

A organização afirmou que recolheu "provas conclusivas de ataques indiscriminados contra áreas residenciais", mencionando assassínios sumários de civis e reporta bombardeamentos em zonas escolares, veículos e alvo não-militares como casas ou padarias e também o sequestro de civis.

No documento, a organização-não governamental (ONG) menciona ataques como o do dia 13 de outubro quando o bombardeamento de um mercado atingiu um conjunto de veículos civis que viajavam entre Qamishli e Ras al Ain, causando a morte de sete pessoas, entre elas um jornalista curdo.

Uma testemunha referida pela AI descreveu o ataque como um "completo massacre".

A ONG escutou o testemunho de 17 pessoas, incluindo pessoal médico, deslocados, jornalistas e trabalhadores humanitários internacionais e reviu material gráfico publicado para tirar as suas conclusões.

"A Turquia é responsável pelas ações dos grupos armados que apoia, arma e dirige. Até agora, a Turquia tem dado rédea solta a estes grupos para que cometam graves violações em Afrin (noroeste) e qualquer outro lugar", salientou Naidoo.

"Pedimos outra vez á Turquia que acabe com as violações, responsabilize os outros autores e que proteja os civis que estão sob a sua alçada. A Turquia não pode fugir das suas responsabilidades e colocar nas mãos de grupos armados a delegação de crimes de guerra", acrescentou.

A Turquia começou, no dia 9 de outubro, ataques no nordeste da Síria para estabelecer uma denominada "zona de segurança",n uma área de 30 quilómetros de largura, de onde pretende expulsar as Forças Democráticas da Síria (FDS), uma aliança de milícias liderada pelas Unidades de Proteção Popular (YPG) que são vistos como terroristas pela Turquia.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, quer estabelecer naquela área população maioritariamente curda, com cerca de dois milhões de pessoas, que se refugiaram na Turquia para fugir da guerra na Síria.

O Departamento de Saúde da administração curda rejeitada por Damasco informou hoje que desde o início da operação turca morreram, pelo menos, 218 civis, entre os quais 18 eram crianças, e 653 pessoas ficaram feridas.

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