Combates esporádicos em localidade fronteiriça após anúncio de trégua
Uma organização não-governamental (ONG) afirmou hoje estarem em curso combates esporádicos numa localidade fronteiriça no norte da Síria, um dia depois do anúncio da suspensão da ofensiva turca contra as forças curdas.
© Reuters
Mundo Síria
"Registam-se tiros de artilharia esporádicos e é possível ouvir disparos na cidade de Ras al-Ain", disse à agência de notícias France-Presse (AFP) o diretor da ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahmane, depois de a Turquia ter anunciado a suspensão da ofensiva.
Do lado turco da fronteira, um correspondente da AFP afirmou ouvir disparos de artilharia e explosões, ao mesmo tempo que era visível fumo branco do lado sírio.
"Uma calma prudente reina nas outras regiões do norte sírio, junto à fronteira", sublinhou Abdel Rahmane.
Na quinta-feira à noite, em Ancara, o vice-Presidente norte-americano, Mike Pence, anunciou que a Turquia ia suspender, durante cinco dias, a ofensiva na Síria vizinha e mesmo pôr fim à operação, se as forças curdas retirarem de um setor fronteiriço no mesmo período de tempo.
As forças curdas deverão retirar-se de uma zona de 32 quilómetros de extensão, que será transformada numa "zona de segurança", ao longo da fronteira entre a Turquia e a Síria, uma exigência apresentada pelas autoridades turcas há meses.
Ancara não precisou de imediato o comprimento deste corredor. No passado, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, tinha declarado que a zona se devia estender entre o rio Eufrates e a fronteira com o Iraque, o que significa 480 quilómetros de comprimento.
O objetivo é manter as Unidades de Proteção Popular curdas [YPG, que Ancara considera terrorista] à distância e repatriar parte dos 3,6 milhões de refugiados sírios que ainda vivem em território turco.
As força turcas e aliados sírios conquistaram já, desde o início da ofensiva em 09 de outubro, uma faixa junto à fronteira de cerca de 120 quilómetros, entre a cidade de Tal Abyad e o oeste de Ras al-Ain. Na quinta-feira, ocuparam metade de Ras al-Ain, de acordo com o OSDH.
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