O homem de 58 anos, que alguns meios de comunicação avançam que era membro de uma "seita" e identificado como Josef B., foi detido na terça-feira, depois da polícia descobrir no dia anterior uma família de sete pessoas num "pequeno anexo fechado" numa propriedade em Ruinerwold, uma vila na província de Drenthe (norte).
A família vivia em isolamento há nove anos e, segundo a imprensa, esperava "o fim dos tempos".
Foi um dos filhos, com cerca de 25 anos, que tornou possível a descoberta. Sujo, vestido com roupas velhas e despenteado, foi a um bar da vila em estado "confuso" na noite de domingo, pedir ajuda, revelou o gerente do café, Chris Westerbeek, em declarações à televisão local RTV Drenthe.
A polícia, que inicialmente referiu-se a uma família de seis membros, esclareceu mais tarde esse número, indicando que era um pai e os seus seis filhos, todos adultos.
O suspeito austríaco compareceu hoje perante um juiz de instrução que decidiu prolongar a sua detenção por pelo menos 14 dias.
O juiz decidirá numa data posterior se deve acusar ou não o suspeito.
Segundo o canal de televisão local RTV Drenthe, Josef B., inquilino da quinta, é um ex-membro da Igreja da Unificação, uma controversa organização religiosa também chamada "Moon Sect", nascida na Coreia do Sul.
Um irmão do suspeito que vive na Áustria disse ao jornal austríaco Kronen Zeitung que Josef B. "estava numa seita" sem mencionar o nome.
Segundo a televisão local, a família vivia na cave "à espera do final dos tempos" e alguns dos membros "não faziam ideia da existência de outras pessoas" no mundo.