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Grupo Estado Islâmico diz ter "libertado" mulheres detidas pelos curdos

O grupo extremista Estado Islâmico (EI) disse hoje ter "libertado" mulheres detidas no norte da Síria pelas forças curdas alvo de uma ofensiva da vizinha Turquia.

Grupo Estado Islâmico diz ter "libertado" mulheres detidas pelos curdos
Notícias ao Minuto

15:53 - 17/10/19 por Lusa

Mundo Síria

Uma unidade "dos soldados do califado" atacou na quarta-feira um quartel-general das forças curdas perto da cidade de Raqa, "libertando um certo número de mulheres muçulmanas raptadas" pelos combatentes turcos, indica um comunicado do EI divulgado pelo serviço de mensagens Telegram.

O comunicado não precisa a nacionalidade das mulheres nem se elas estão ligadas ao EI.

Ponta de lança da luta contra o EI, cujo último feudo na Síria tomaram em março, as forças curdas detêm milhares de 'jihadistas' e as suas famílias em prisões e campos no norte sírio.

Por diversas vezes as autoridades curdas, mas também os países europeus, alertaram contra um ressurgimento do EI devido à operação militar de Ancara.

No domingo, as autoridades curdas divulgaram a evasão de perto de 800 mulheres e crianças de 'jihadistas' estrangeiros de um campo de deslocados em Ayn Issa, na proximidade dos combates entre as forças curdas e os rebeldes sírios pró-turcos.

Pelo menos três francesas foram "recuperadas" pelos 'jihadistas' do EI, segundo informações de familiares transmitidas ao seu advogado.

Alguns dias antes, cinco 'jihadistas' do EI escaparam de uma prisão perto da cidade de Qamichli (nordeste), segundo as forças curdas. A Bélgica confirmou depois a fuga de dois terroristas belgas.

Durante os longos anos da luta contra o EI, as Forças Democratas Sírias (FDS, coligação dominada pelas milícias curdas das Unidades de Proteção Popular -- YPG, considerada terrorista por Ancara) contaram com o apoio da coligação internacional dirigida por Washington, que agora retirou as suas tropas da região.

Após a conquista do último bastião do grupo extremista em Baghuz, as FDS continuaram a perseguir os 'jihadistas' que voltaram à clandestinidade e formaram células adormecidas, nomeadamente na província de Deir Ezzor (leste da Síria).

Cerca de 12.000 'jihadistas' do EI, incluindo 2.500 a 3.000 estrangeiros de 54 países, estão detidos nas prisões dos curdos na Síria, segundo as autoridades locais.

Além disso, encontram-se em campos de deslocados sob alta vigilância 12.000 estrangeiros, 4.000 mulheres e 8.000 crianças de 'jihadistas'.

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